Prevista para essa quarta-feira, dia 10, a reunião fechada articulada pela Coelba para prestar esclarecimentos a deputados estaduais não vingou. O recuo da empresa tem sido visto como uma vitória do deputado Tum, autor do pedido de investigação, e que já tinha afirmado que o encontro era precipitado e visava esvaziar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
Para o deputado, o apoio popular e político que vem se intensificando nos últimos dias a favor da CPI demonstra que o assunto precisa ser levado adiante. “Mesmo com a Coelba exercendo forte pressão sobre os deputados e com as dezenas de ligações que tenho recebido diariamente de pessoas contrárias à investigação, essa pauta tem tomado conta do noticiário baiano e o apoio popular é visível”, destacou o parlamentar.
O requerimento para abertura da CPI da Coelba foi apresentado por Tum e apoiado por 39 deputados de diferentes partidos, da oposição e da situação, 18 a mais que o mínimo necessário. Nesta terça-feira, dia 9, foi publicado no diário oficial da Assembleia Legislativa da Bahia o pedido, que vai percorrer o rito interno da casa, para, assim, ser instalada a comissão.
Nas justificativas para abertura da CPI, o deputado cita a pouca transparência na composição dos preços cobrados aos baianos, além dos “prazos e custos nas solicitações de ligação, exigindo, sobretudo dos grandes consumidores, valores milionários para viabilizar o fornecimento de energia”.
Além disso, questiona a falta de um plano de expansão da rede, o que tem inviabilizado novas ligações elétricas do programa Luz para Todos e a implantação de grandes empreendimentos, que poderiam estar gerando emprego, renda e impostos na Bahia.
O deputado Tum lembra que, somente nos primeiros quatro meses de 2021, a Coelba registrou lucro líquido de 10 bilhões de reais. No entanto, a companhia segue liderando o ranking de reclamações do Procon e é mal avaliada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).