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DA RODOVIÁRIA À CEASA: 9 PROJETOS QUE SERÃO CONCEDIDOS À INICIATIVA PRIVADA NA BA

Redação - 23/10/2021 08:00 - Atualizado 23/10/2021

Sair do Centro de Salvador em direção à Praia de Cacha Pregos, em Vera Cruz, hoje demanda, nas contas mais otimistas, 1h30. Aproximadamente 23 quilômetros e a Baía de Todos os Santos separam os dois locais. Com a construção da Ponte Salvador-Itaparica, concedida a um consórcio liderado pela chinesa CCCC, é possível que o baiano comece a se referir a um passeio na Ilha, ou mesmo a ida ou retorno ao trabalho como “ir ali”.

A partir de 2026, Cacha Pregos estará para a área central da capital como hoje está Itapuã, separada por meia-hora de espera. Em Salvador, o sistema de transportes, que nos últimos anos ganhou a alternativa metroviária, será reforçado em breve com linhas de BRT, que vão oferecer corredores exclusivos, e de VLT, em substituição aos trens do Subúrbio. No interior da Bahia, uma autorização – novidade prevista no novo marco legal das ferrovias – vai permitir que a Brazil Iron construa 120 quilômetros de ferrovia ligando a mina de ferro nos municípios de Piatã e Abaíra e aumente a movimentação de minério, que hoje já produz significativo impacto econômico para a região.

Nos próximos anos, estão previstos novos investimentos através de concessões que devem modificar significativamente a infraestrutura do estado, encurtando distâncias e tornando a região mais atrativa para a produção de riquezas industriais e agrícolas, além de impulsionar cada vez mais o comércio e os serviços, com a criação de novas fronteiras de desenvolvimento. Uma ponte ligando os dois lados da Baía de Todos os Santos é um sonho antigo e que deve abrir a possibilidade de desenvolvimento numa região que precisa ser desenvolvida, acredita o secretário de Infraestrutura Marcus Cavalcante. Ele lembra que há 60 anos se cogita a construção do equipamento.

“É algo que será importante não apenas para a ilha em si, mas para a Costa do Dendê e o Sul da Bahia. Basta pensar que em uma hora e meia de viagem será possível sair de Salvador e estar no ponto de atracação para Morro de São Paulo. Essa é a distância que se está hoje em relação a Imbassaí”, compara.  “A redução da distância vai permitir um grande crescimento econômico”, acredita.

Desafio

Mas o que desafio para a concretização do projeto é tão grande quanto as expectativas que ele desperta, reconhece o secretário. O modelo de concessão da ponte é semelhante ao utilizado no metrô de Salvador, em que durante a execução da obra acontece um aporte financeiro do estado, relacionado a marcos na conclusão das obras.  “Quando forem sendo cumpridas determinadas obrigações, a empresa que detém a concessão terá direito de receber parcelas pagas pelo estado para ressarcir parte dos investimentos”, explica. “O restante dos recursos será pago a partir de investimentos do próprio grupo, tanto com recursos próprios, quanto aqueles que buscar no mercado financeiro”, diz. Após a conclusão da obra, o grupo passará a ter o direito de cobrar pedágio pelo acesso à ponte, além de uma contraprestação anual de valor inicial de R$ 50 milhões, explica.

Outro novo projeto, em fase de terraplanagem, é o do novo terminal rodoviário de Salvador, em Águas Claras, destaca o secretário. O grupo Nova Rodoviária, ligado à Sinart, já iniciou as obras. “Como região metropolitana, a rodoviária é o que a gente pode considerar um novo centro propulsor para o desenvolvimento não apenas de Salvador, mas da própria região metropolitana”, acredita.

Entre os projetos novos, ele cita ainda um novo aeroporto para a Costa do Descobrimento. Existem ainda estudos, com previsão de leilão até o final do próximo ano, para as concessões das Ceasas, de parques estaduais e seis aeroportos: Costa do Descobrimento, Valença, Lençóis, Paulo Afonso, Bom Jesus da Lapa e Senhor do Bonfim. O estado ainda analisa a possibilidade de conceder o Hospital Metropolitano, de acordo com informações da assessoria da Sefaz. (Correio)

Foto: divulgação

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