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EXCLUSIVO: ACELEN ASSUME A REFINARIA DE MATARIPE EM DEZEMBRO E JÁ FAZ PLANOS PARA AMPLIAR A PRODUÇÃO E A INTEGRAÇÃO COM A ECONOMIA BAIANA

Redação - 21/09/2021 17:00 - Atualizado 23/11/2021

A Acelen, empresa criada pelo fundo Mubadala Capital, que vai assumir  a  Refinaria Landulpho Alves (RLAM) no final de 2021  quando o negócio estiver inteiramente concluído, já está fazendo planos para sua atuação no Estado. Em contato com o Bahia Econômica, os dirigentes da nova empresa adiantaram que, diferente do que acontece atualmente com a refinaria, que vem operando bem abaixo da sua capacidade, a ideia da empresa é gradualmente ampliar a produção, otimizando a operação e investindo na recuperação e manutenção dos equipamentos.

Nesse sentido, afirmaram que vão estimular a maior integração possível com o parque industrial existente na Bahia, especialmente o Polo Petroquímico,  avaliando inclusive a possibilidade de alongamento na cadeia produtiva de modo a estimular a verticalização da produção. Como exemplo, lembraram as possibilidades de comercialização de subprodutos, como Negro de Fumo na área de borracha, e outros segmentos capazes de estabelecer uma estratégia de integração com agentes locais para o alongamento da cadeia produtiva.

O processo de transferência da operação da refinaria, que deverá permanecer com o nome de Refinaria de Mataripe, será gradual, com a Petrobras mantendo o que se chama de operação assistida no primeiro ano e só gradualmente transferindo o controle total para a Acelen.

Em relação à mão-de-obra, a empresa informa que no processo de venda ficou garantido a estabilidade para todos os empregados, mas que o interesse da empresa é manter todos, especialmente aqueles com experiência, buscando no entanto aumentar a produtividade do trabalho, ampliando a competitividade do ativo. Segundo o contrato de venda, aqueles trabalhadores que não quiserem ficar na empresa, poderão ser realocados em outras unidades da Petrobras.

Outro aspecto destacado pelos novos diretores da empresa diz respeito a estratégia de trabalhar preservando  o meio ambiente, buscando a melhoria da eficiência energética, o uso da energia renovável e adotando a política para ampliar o uso de créditos de carbono. Segundo eles, a Acelen tem como estratégia a transição  gradual de investimento em alto carbono para os investimento em baixo carbono, de acordo com a estratégia internacional.

Por fim, os diretores da empresa afirmaram a intenção de ampliar a geração de riqueza local em cooperação com as prefeituras municipais e também de ampliar a arrecadação de impostos, como o ICMS, com o aumento da produção, e de atuar em cooperação com o governo do estado no estímulo ao aumento da produção local e ao desenvolvimento de novos negócios.

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