Está ficando difícil vender a Braskem, uma das maiores petroquímicas do mundo. A compra privada está complicada, pois ficou caro para os compradores em potencial, já que o valor de mercado da empresa mais do que dobrou este ano, para US$ 7,9 bilhões.
Vender a Braskem em pedaços para atrair compradores que não estão interessados em todo o negócio, não tem como ser executado sem deixar os proprietários com alguns ativos difíceis de vender. Assim, uma saída seria a oferta pública de ações, como estratégia de saída dos acionistas controladores a Novonor, ex-Odebrecht, e a Petrobras.
Seria uma venda pública coordenada de ações, com a Novonor e a Petrobras vendendo parte de suas participações no mercado em muitas transações. Essa opção tem apelo para a Petrobras, que já vendeu sua unidade de distribuição de combustível de maneira semelhante.
Mas a opção de oferta pública também apresenta algumas complicações. A Novonor tem 50,1% do capital votante, enquanto a Petrobras tem 47%, com controle dividido por acordo de acionistas. Esse pacto precisaria ser revisto e a governança corporativa melhorada.
A ideia seria criar uma corporação com controle pulverizado no mercado.