Os números da Covid 19 em Israel, o pais que mais vacinou no mundo, demonstram que mesmo assim a pandemia continua. Israel viu nas últimas semanas os casos de Covid 19 dispararem com a variante delta, naquilo que vem sendo chamado de quarta onda da pandemia.
Israel começou a abrir sua economia quando 70% de sua população estava vacinada com duas doses no começo de abril de 2021. Agora com mais de mais de 80% da população com duas doses, está experimentando uma alarmante quarta onda de contágios e hospitalizações e corre para dar doses de reforço. E 90% dos novos contágios em Israel estão ocorrendo entre pessoas completamente vacinadas e com mais de 50 anos.
A razão é que a proteção contra covid-19 caiu significativamente para as pessoas mais velhas vacinadas no começo deste ano. E a tendência é clara: mesmo com a quase totalidade da população sendo vacinada com a vacina da Pfizer, entre seis a oito meses depois de tomada a segunda dose, a imunidade começa a diminuir. O que significa que doses de reforço terão de ser aplicadas mais rápido do que se imaginava, especialmente nas pessoas idosas.
Em contato com o Bahia Econômica a Dra. Nanci Silva, infectologista e professora da Escola Baiana de Medicina, disse que essa família de vírus é semelhante a outras que necessitam doses de reforços constantes nas vacinas, como o vírus da influenza e outros. “Esse vírus veio para ficar e vai demandar doses de reforço”, afirma a infectologista.
Autoridades de saúde de Israel alertaram que, às taxas atuais, pelo menos 5.000 pessoas precisarão de leitos de hospital até o começo de setembro, metade deles em UTI – duas vezes mais que a capacidade de atendimento de Israel. O país começou a oferecer às pessoas com mais de 60 anos, e logo às com mais de 50, uma terceira dose da vacina. Se ela se mostrar ineficaz, o governo alertou que um novo “lockdown” poderá ser inevitável. Com informações da redação e do jornal Valor Econômico.