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CERCA DE 16% DO ESTADO DA BAHIA PODE VIRAR DESERTO, SEGUNDO PAINEL DO CLIMA

Redação - 12/08/2021 08:30 - Atualizado 12/08/2021

O Brasil abriga uma das áreas do mundo onde a mudança do clima tem provocado efeitos mais drásticos: o semiárido.  E o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) aponta que  a região, que engloba boa parte do Nordeste e o norte de Minas Gerais,  já tem enfrentado secas mais intensas e temperaturas mais altas que as habituais. Essas condições, aliadas ao avanço do desmatamento na região, tendem a agravar a desertificação, que já engloba uma área equivalente à da Inglaterra. No caso da Bahia, cerca de 16,3% dos seu território podem virar deserto., o quinto mais atingido no Nordeste.

Os estados mais atingidos pela desertificação são Alagoas (com 32,8% de sua área total afetada pelo fenômeno), Paraíba (27,7%), Rio Grande do Norte (27,6%), Pernambuco (20,8%), Bahia (16,3%), Sergipe (14,8%), Ceará (5,3%), Minas Gerais (2%) e Piauí (1,8%).

Os dados são do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), divulgado na última segunda (9).  Criado na ONU e integrado por 195 países, entre os quais o Brasil, o IPCC é o principal órgão global responsável por organizar o conhecimento científico sobre as mudanças do clima. O documento apresentado nesta segunda (AR6) é o sexto relatório de avaliação produzido desde a fundação do órgão, em 1988. e diz: “O Nordeste brasileiro é a área seca mais densamente povoada do mundo e é recorrentemente afetado por extremos climáticos”, diz o relatório.

O IPCC afirma que essas condições devem se agravar: se na década de 2030 o mundo deve atingir um aumento de 1,5°C em sua temperatura média, em boa parte do Brasil os dias mais quentes do ano terão um aumento da temperatura até duas vezes maior. De acordo com informações do jornal Tribuna, em várias partes do Semiárido, isso significa verões com temperaturas frequentemente ultrapassando os 40°C. Hoje, segundo o IPCC, o mundo já teve um aumento de 1,1°C na temperatura média em relação aos padrões préindustriais.

Foto: ASCOM- GOV. DE AL

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