A economia brasileira registrou crescimento de 0,1% no 3º trimestre, na comparação com os 3 meses anteriores, segundo dados do Monitor do PIB-FGV, divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quinta-feira (21). No mês de setembro, o indicador avançou 0,3% ante agosto.
Já na comparação com o mesmo trimestre de 2018, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,9% entre os meses de julho e setembro, segundo o indicador. O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira. O resultado oficial do PIB do 3º trimestre será divulgado pelo IBGE no dia 3 de dezembro. No 1º trimestre, houve queda de 0,1% e, no 2º trimestre, alta de 0,4%. Segundo a FGV, apenas a indústria não apresentou crescimento no 3º trimestre, na análise das grandes atividades econômicas.
“Enquanto a indústria de transformação estagnou no terceiro trimestre, a exportação apresentou a terceira queda consecutiva”, afirma Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV. Pela ótica da demanda, o destaque foi a formação bruta de capital fixo (termômetro de investimentos), que cresceu 2,5% na comparação anual, “com todos seus componentes positivos, inclusive a construção”.
Já o consumo das famílias cresceu 1,9% no terceiro trimestre, em comparação ao mesmo trimestre de 2018. Este resultado é devido ao crescimento de todas as categorias de consumo com destaque para o crescimento do consumo de produtos duráveis, que cresceu 5,1% no terceiro trimestre. A exportação caiu 4,7% no terceiro trimestre, em comparação com o mesmo período de 2018. A exceção de serviços e bens intermediários, todos os demais grandes grupos de exportação retraíram neste trimestre. As maiores retrações foram em bens de capital (queda de 21,4%) e extrativa mineral (recuo de 15,1%).
A importação em contrapartida cresceu 2,1% no terceiro trimestre, principalmente pela expansão da importação de bens intermediários que cresceram 14,7% neste trimestre. A projeção da FGV já leva em conta a revisão das informações oficiais do PIB de 2017, divulgada recentemente pelo IBGE, que deverá refletir na revisão das taxas trimestrais de crescimento de 2018 e dos dois primeiros trimestre de 2019. “Na busca de antecipar essas alterações, a despeito das limitações deste exercício, o Monitor do PIB-FGV estima que a taxa de crescimento do PIB de 2018 será revista para cima (de 1,1% para 1,4%)”, e estima também novos resultados trimestrais para 2018 e 2019″, informou o relatório do Monitor do PIB-FGV.
Com a revisão, o crescimento do PIB no 2º trimestre ante os 3 meses anteriores foi revisado para 0,6%, e o do 1º trimestre para uma variação zero (estável). O mercado financeiro manteve, na semana passada, a previsão de crescimento da economia brasileira neste ano em 0,92%, segundo pesquisa Focus do Banco Central. Para o ano que vem, a previsão de avanço do PIB subiu de 2,08% para 2,17% – na segunda alta seguida.(g1)
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