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BC VÊ INFLAÇÃO PERSISTENTE E RETOMADA DA ECONOMIA

Redação - 10/08/2021 09:29

O Comitê de Política Monetária do Banco Central avaliou nesta terça-feira (10) que a inflação ao consumidor continua se revelando “persistente” e que a piora recente dos índices preços contém “componentes inerciais” (tendência natural de continuar subindo) — que poderiam provocar uma piora adicional das expectativas de inflação.

A avaliação consta na ata de sua última reunião, realizada na semana passada, quando a taxa básica de juros da economia avançou de 4,25% para 5,25% ao ano, em linha com as expectativas do mercado financeiro. A instituição também vê retomada robusta da atividade e indicou nova alta nos juros.

De acordo com o BC, as últimas informações divulgadas mostram “composição mais desfavorável” para a inflação. Nos primeiros meses deste ano, a inflação avançou, principalmente, por conta da alta no preço dos alimentos e dos combustíveis.

Com base nesse cenário, o BC estimou que a inflação ficará em torno de 6,5% para 2021 (acima do teto de 5,25%), 3,5% para 2022 e 3,2% para 2023. As estimativas consideram as projeções do mercado para a taxa básica de juros e para o câmbio neste e nos próximos anos.

O Comitê de Política Monetária manteve a avaliação de que o segundo semestre do ano deve mostrar uma “retomada robusta da atividade” na medida em que os efeitos da vacinação sejam sentidos de forma mais abrangente. Para este ano, os economistas do mercado financeiro estimam um crescimento em 5,30% para o Produto Interno Bruto (PIB) — que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

Os integrantes do Copom também indicaram uma nova alta de um ponto percentual no juro básico da economia em sua próxima reunião, marcada para 21 e 22 de setembro, e passaram a estimar que, ao final do ciclo total de elevação, a taxa Selic ficará acima e 6,5% ao ano.

“Para a próxima reunião, o Comitê antevê outro ajuste da mesma magnitude [de um ponto percentual]. O Copom enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar o cumprimento da meta de inflação e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária”, informou. (G1)

 

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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