As micro e pequenas empresas têm sido as grandes responsáveis pela recuperação de empregos no Brasil. De acordo com levantamento feito pelo Sebrae, com base em dados do Caged do Ministério da Economia, os pequenos negócios, nos últimos 12 meses, apresentaram um saldo positivo de 2.094.812, o que significa 71,8% das vagas criadas no país. Número quase três vezes superior ao das médias e grandes que contrataram, entre julho de 2020 e julho de 2021, 717.029 trabalhadores.
“Esse resultado reforça ainda mais a necessidade de amparar os pequenos negócios e de trabalhar pela preservação de quem tem sido o motor da geração de empregos no país”, ressalta o presidente do Sebrae, Carlos Melles. Ele destaca que há um ano as micro e pequenas empresas têm demonstrado a força na manutenção dos empregos e na diminuição da quantidade de desempregados e que todos os meses elas apresentam um saldo positivo de empregos.
Apenas no mês de junho de 2021, as MPE apresentaram um total de 871.197 admissões contra 654.801 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 216.396 empregos gerados. Esse montante equivale a 70% do total de empregos em todo território nacional. Já as médias e grandes empresas (MGE), realizaram 663.993 admissões contra 596.048 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 67.945 empregos, o que equivale a 21,9% do total de empregos gerados no Brasil.
Outra boa notícia é que os pequenos negócios que mais criaram novos postos de trabalho, no mês de junho, são os que atuam no setor Serviços, um dos mais afetados pela pandemia do coronavírus. Nesse período, essas empresas criaram 87,2 mil novas vagas, seguidas pela do Comércio com 63,2 mil, Indústria da Transformação com 30,9 mil, Construção Civil com 26,4 mil e Agropecuária com 5,9 mil. Todos os setores das MPE apresentaram resultado positivo, diferentemente do que ocorreu nas MGE, que fecharam cerca de seis mil vagas na Construção Civil.
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