No retorno aos trabalhos após o recesso, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid deve votar nesta terça-feira, 3, os requerimentos para a convocação do ministro da Defesa, Braga Netto, e também a quebra dos sigilos telemático, fiscal e bancário do líder do governo na Câmara, o deputado federal Ricardo Barros.
Braga Netto foi apontado pelo diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, como o mediador do encontro que discutiu a mudança de um decreto presidencial para conseguir alterar a bula da cloroquina, reunião que também teve a presença da médica e apoiadora do governo, Dra. Nise Yamaguchi.
Já Ricardo Barros teve o nome ligado à compra suspeita da Covaxin, vacina indiana contra a Covid-19, negociada entre o Ministério da Saúde e supostos intermediadores da Bharat Biotech, a fabricante do imunizante. Segundo o deputado federal Luís Miranda (DEM-DF), ligado ao governo e irmão do técnico do Ministério da Saúde responsável pelo setor de importação, Luís Ricardo, disse que o próprio presidente Jair Bolsonaro menciounou o nome de Ricardo Barros como alguém que estaria por trás da negociação estranha com a Precisa Medicamentos.
Foto: Jefferson Rud