A Secretaria Municipal de Saúde de Salvador anunciou que, a partir de agora, informará no Vacinômetro o quantitativo de doses de vacinas contra a Covid destinadas para a segunda aplicação contidas no estoque. O Ministério da Saúde publicou nesta quarta-feira, 28, uma resolução que obriga a manutenção rigorosa, pelos municípios, dos intervalos de aplicação entre as doses definidos no Plano Nacional de Imunização. O secretário de Saúde, Leo Prates, voltou a defender a antecipação das doses complementares dos imunizantes de Oxford/AstraZeneca e Pfizer.
“O Ministério da Saúde baixou uma resolução em que responsabiliza o gestor por qualquer antecipação da aplicação da 2ª dose. Achamos um erro. Em Salvador, utilizamos a antecipação para otimizar o sistema nos dias que não temos a aplicação da 1ª dose, por exemplo. Isso evita aglomeração e dá mais conforto à população”, afirmou o secretário. A proposta da secretaria é seguir a recomendação do ministério, porém com a possibilidade de antecipação da segunda dose da Oxford de 12 para até nove semanas, e da Pfizer até oito semanas.
De acordo com Prates, muitos municípios brasileiros não terão estrutura física instalada para armazenar os imunizantes com a expectativa do envio de quantidades maiores pelo ministério em agosto. “Nos moldes que a campanha de vacinação acontece hoje, os municípios não têm margem de organização da vacinação, uma vez que não temos uma programação bem definida e preestabelecida do envio dos lotes por parte da gestão federal. Agora, o nosso receio é que surja um novo problema. Com a previsão da ampliação significativa da chegada das vacinas, muitas cidades não vão suportar receber grande quantidade de segunda dose, além de ter que manter o armazenamento das demais vacinas que fazem parte do calendário básico”, disse.
Foto: divulgação
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