As vendas do comércio físico brasileiro aumentaram 10,1% no primeiro semestre de 2021 em comparação com o mesmo período do ano anterior. O principal destaque foi o segmento de móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e informática, com alta de 13,6%; sendo seguido por supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (10,7%). Os dados são da Serasa Experian. Segundo o economista da instituição, Luiz Rabi, “ a alta observada é uma recuperação parcial, pois não compensa a queda expressiva relacionada a pandemia em 2020”. Nos primeiros meses do ano, o ramo tecidos, vestuário, calçados e acessórios registrou queda (-6,5%), junto com combustíveis e lubrificantes (-3,5%).
Em junho, o Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian teve alta de 1,1% ante o mês anterior. Mesmo em desaceleração, essa é a segunda expansão do ano. A primeira ocorreu em maio . Luiz Rabi explica que embora os setores do comércio tenham voltado a funcionar com restrições mais leves em maio, a confiança financeira do consumidor segue abalada. “Com o alto nível de desemprego e a diminuição do auxílio emergencial, as pessoas ainda estão seguindo o modelo de consumo por necessidade, o que afeta as vendas do varejo”, comentou. “A alta expressiva do setor de tecidos, vestuários, calçados e acessórios pode estar ligada ao período de frio iniciado em junho”.
Foto: Marcos Santos/USP Imagem/Fotos Públicas