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CRISE DE SEMICONDUTORES IMPEDIU A PRODUÇÃO DE MAIS DE 100 MIL VEÍCULOS

Redação - 14/07/2021 13:15

Impossível avaliar cenários, pensar em balanço ou perspectivas de mercado sem levar em conta a crise provocada pela escassez de semicondutores. O assunto vai e volta, em virtude do tamanho do problema, que é global. Na segunda-feira passada, a Hyundai anunciou que estenderá a suspensão da produção do 2º e do 3º turno de sua fábrica em Piracicaba (SP) até o dia 25 de julho, “devido à continuidade das condições instáveis de fornecimento de componentes eletrônicos”. O 1º turno permanece com programação de retorno em 15 de julho. “A empresa segue monitorando a situação e tomará as medidas necessárias para adaptar os volumes de sua produção conforme as condições de fornecimento de peças a cada semana”.

Outras montadoras seguem administrando o desafio: pela segunda vez, a Volkswagen decidiu suspender totalmente a produção na fábrica de Taubaté (SP). Antes, (em 07.07), havia anunciado a suspensão das atividades em duas de quatro fábricas no Brasil, por 20 dias. Na unidade de Taubaté (SP), a paralisação completa começou em 12 de julho, ao passo que na fábrica da Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP), a parada do primeiro turno será a partir de 19 de julho. O motivo é o mesmo: a indústria de semicondutores não consegue atender à demanda.

A General Motors segue ainda mais afetada. A fábrica de Gravataí (RS), complexo industrial onde é fabricada a linha Onix, está fechada desde março. Já a fábrica de São Caetano do Sul vai ficar parada por seis semanas, não apenas em decorrência da crise de semicondutores, mas porque é necessário adequar a linha de montagem à chegada da nova picape, baseada na plataforma do Onix.

O fechamento do primeiro semestre de 2021 foi um pouco aquém do que previa a indústria automobilística, muito em função dessa crise. A estimativa da Anfavea é que a crise tenha impedido a produção de algo em torno de 100 mil a 120 mil veículos. No mês de junho, a produção de 166.947 unidades foi a pior dos últimos 12 meses, devido às várias paradas de fábricas ao longo do mês, situação recorrente desde o final do primeiro trimestre.

Foto: divulgação

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