Neste sábado, 10, o treinador Ramon Menezes completará um mês desde que realizou a primeira partida no comando do Vitória. Nesse período os números não são dos melhores. Foram oito partidas, com duas vitórias, três empates e três derrotas. Situação que tem feito o time amargar as últimas posições na tabela. Para o duelo contra o Confiança, entretanto, será a primeira vez em que Ramon pôde ter um pouco mais de tempo entre uma partida e outra. Após o empate contra o Goiás, no último fim de semana, o elenco rubro-negro ganhou uma semana para trabalhar com mais calma e focar na busca pela reabilitação no campeonato.
Se sobrou tempo para trabalho, o Leão entrou na referência do Tropa de Elite 2 e descobriu que “o inimigo agora é outro”. Além dos desfalques já conhecidos, a exemplo do atacante Vico e o volante Guilherme Rend, o zagueiro Thallison Kelven apresentou cansaço muscular e foi poupado, assim como o lateral-direito Raul Prata, que sentiu durante os treinos. “Primeiro que foi a primeira oportunidade de ficar de três a quatro dia junto com os atletas. Fazer um pouco mais de parte tática, das correções. Lógico que a gente não tem ainda todo mundo à disposição. Não tem o Vico, Guilherme Rend, mas não vamos ter o Raul para esse jogo, o Thalisson também que fez uma ótima partida contra o Goiás, eu não sou treinador para ficar lamentando ausências de jogador. Desde que cheguei, falei muito pouco sobre a falta de tempo de trabalho. Passar confiança para todos esses jogadores que estão à disposição. O mais importante é que as duas equipes que trabalhamos, ou três equipes, todo mundo sabe o que fazer, como fazer. Estou muito confiante em cima do trabalho. O trabalho está crescendo. A confiança vem com os resultados. Vamos procurar fazer o nosso jogo, tudo aquilo que treinamento durante a semana. Estou muito confiante em cima disso”, falou Ramon em coletiva realizada nesta sexta, 9.
Por conta da pandemia do coronavírus, que bagunçou o calendário futebolístico brasileiro desde o ano passado, os intervalos entre as partidas têm sido mais curtos, realmente. Com oito jogos em 30 dias, o Vitória de Ramon teve que encarar uma maratona equivalente a um jogo a cada menos de quatro dias, isso sem contar as viagens, fator que pode ser considerado determinante no desgaste dos atletas, que pode ocasionar lesões e desfalques. “É lógico que se ficar aqui reclamando porque praticamente em oito jogos em vinte e poucos dias, isso afeta muito a parte física, tática, uma série de coisas. Por outro lado, temos que assumir a responsabilidade que, mesmo com esse número excessivo de jogos, esperávamos ter um rendimento melhor. Enfim, o que passou, passou. Agora tentar recuperar todo mundo, como fizemos, fazer correções, como fizemos. Precisamos somar pontos dentro da competição novamente, voltar a ter uma sequência de bons resultados. Estamos trabalhando muito nesse sentido. O torcedor pode ter certeza que a entrega de todo mundo tem sido boa”, completou o treinador.
O Vitória entra em campo amanhã com a corda no pescoço. Atualmente, a equipe rubro-negra ocupa a 17ª posição, bem longe das aspirações de acesso traçadas no início da temporada. No entanto, segundo Ramon, a semana de trabalhos serviu para aprimorar o aspecto que ele considera mais deficitário no Leão da Barra. “A definição, o que falei há alguns jogos. Faltou definição. Criamos muito, sempre tivemos a maior posse de bola, mas batemos muito na circulação um pouco mais rápida. Tive um pouco mais de tempo para trabalhar um pouco mais, buscar as correções”, encerrou o comandante rubro-negro.
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