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MERCADO DE GAMES ESTÁ EM ALTA E FATURA R$ 600 BILHÕES

Redação - 01/07/2021 13:15 - Atualizado 01/07/2021

Para muitos pode parecer uma brincadeira, mas o universo dos games tem se mostrado muito além do que uma diversão. Entre os mercados que conseguiram prosperar mesmo em meio à pandemia e todos os problemas econômicos causados por ela está o de games. No mundo, o faturamento do setor aumentou em 12%, chegando a cerca de R$ 600 bilhões. No Brasil, segundo dados da Pesquisa Games Brasil (PGB) 2021, cerca de 75% dos gamers afirmaram terem jogado mais durante o período pandêmico do que antes dele.

O fortalecimento tem servido de estímulo para o setor crescer pós-pandemia. Para Carlos Silva, Head de Gaming da Go Gamers, para que esse número não retraia posteriormente, plataforma e produtoras de games devem ter como prioridade oferecer conteúdos que mantenham o engajamento das comunidades. “O público se mostrou muito engajado, e isso gera uma demanda maior de produção de jogos e tudo que está relacionado com o ecossistema precisa se manter”, analisa.

Na Bahia, a opinião dos entrevistados pelo Correio é unânime da melhoria do mercado, mesmo exigindo adaptações à nova realidade. “A Bahia começou a se inserir de forma mais organizada nesse mercado de dois, três anos para cá. Na pandemia, todo mundo precisou se mexer para não parar e se adaptar ao que a realidade permitia. Em outros estados do Brasil, tem uma cultura maior do espaço para eventos e aqui a gente estava fomentando isso e a precisou dar um passo atrás para voltar com tudo quando a pandemia permitir”, explica Vitor Dourado, coordenador de tecnologia da Arena Gamer, que funciona na Arena Fonte Nova, em Salvador.

Gamer e empresário, Lukas LKZ Walter enxergou oportunidades e abriu a Beyond Digital Sports (BDS), uma startup ligada à área em plena pandemia. “Ela acelerou o mercado digital e de games, que vem crescendo de maneira consistente. É um mercado muito promissor e que, com certeza, não é passageiro, veio por ficar. Isso está sendo refletido não por achismo e, sim, por resultados da companhia, com posições relevantes e também vemos por projetos soteropolitanos e de fora de Salvador também”, explica LKZ, que participou do CORREIO Gamer, uma série de bate-papos com gamers, streamers e outros profissionais da área para falar de carreira, formação, mercado, investimentos e muito mais promovida pelo CORREIO entre os dias 28 e 30 de junho.

Já Suellen Aranda, CEO da Esquadrão Golden, equipe de eSports parceira do Bahia, e outra participante do CORREIO Gamer, também percebeu uma melhoria, ainda que nada ‘absurda’. “A parte de investimento, principalmente no Nordeste, sempre foi bastante escassa no mercado de games, infelizmente. Porém, por incrível que pareça, durante a pandemia parece que as marcas começaram a olhar mais para esse cenário de eSports e deu uma pequena crescida na procura das marcas”, revela.

De acordo com LKZ, por mais que o Brasil seja o terceiro país do mundo em número de jogadores, ainda é o 13º em faturamento na área. “Temos expectativas que isso melhore. O Brasil consegue trazer uma audiência relevante e também possui um torcedor apaixonado e engajado. Temos muita demanda freada ainda, muita gente que gostaria de consumir mais e eles não têm oportunidades”, analisa ele, que crê que o mercado baiano pode ser um case de sucesso no país.

Para o Head de Gaming da Go Gamers, existe uma boa margem de crescimento no mercado. “Notamos que, enquanto uma nova geração de jogadores começa a consumir, a geração de jogadores em faixas etárias maiores continua consumindo jogos eletrônicos”, afirma Silva. Para ele, os jogadores entre 30 e 40 anos podem jogar menos, mas, de alguma maneira, ainda são consumidores ativos e os mais jovens já entendem os games como uma possível carreira profissional.

Alguns profissionais também estão de olho nesse mercado. Bicampeão mundial de Free Fire, o baiano Samuel Level Up promoveu no último mês de junho seu próprio campeonato. “Posso afirmar para vocês que os jogos nunca vão falir, é o futuro do mundo. As crianças querem ser jogadoras de Free Fire, antigamente queriam ser jogadoras de futebol”, declarou o jovem de 20 anos durante a primeira noite do CORREIO Gamer.

Foto: divulgação

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