Segundo levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo ( IBEVAR ), a taxa de inadimplência (recursos livres) deve ficar entre 3,78% e 4,33%, com média estimada de 4,05% para junho de 2021. O resultado reflete uma queda de 0,09 p.p em relação ao valor real de abril, e de 0,18 p.p em relação ao valor estimado para maio.
Para o economista e presidente do IBEVAR, Claudio Felisoni de Angelo, essa queda condiz com o aumento da inflação, retração do mercado de consumo e as novas parcelas do auxílio emergencial. “Mesmo com a reabertura gradual da economia, o cenário ainda é de muita incerteza para a maioria dos consumidores brasileiros. Desta maneira, muitas pessoas tiveram que cortar gastos ou poupar o dinheiro que ainda tem alocados em suas contas. Estes fatores, ligados ao aumento do custo de vida no país, fez com que a inadimplência no mês de junho apresenta-se essa queda, em relação aos períodos anteriores”, explica Felisoni.
“Outro fator, que influenciou no resultado, foi o aumento da Selic e da taxa de juros básica do país, além das novas parcelas do auxílio emergencial. Estas três situações, atreladas ao aumento do preço médio dos produtos e dos serviços, retraem o consumo dos brasileiros e, consequentemente, afetam a renda e geração de novas dívidas pelos consumidores”, completa o economista do IBEVAR .