A Casa Civil da presidência da República nomeou a médica Rosana Leite de Melo como secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (17) e assinada pelo ministro de estado chefe da da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos. O nome da médica Rosana Leite de Melo é o terceiro indicado para ocupar o cargo. A primeira opção do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foi Francieli Fantinato, que assumiu a coordenação do Plano Nacional de Imunização (PNI). Depois, a infectologista Luana Araújo foi anunciada para a função, no entanto, dez dias depois o governo informou que ela não seria nomeada.
Rosana Leite de Melo possui residência em cirurgia geral e em oncologia e faz parte do Conselho Regional de Medicina do Mato Grosso do Sul desde 2013. No governo do ex-presidente Michel Temer ela ocupou o cargo de Coordenadora Geral das Residências em Saúde do Ministério da Educação. Desde novembro de 2019, a Rosana ocupa a função de diretora-presidente do Hospital Regional do Mato Grosso do Sul. Queiroga disse nesta quinta-feira (17) que o nome de Rosana Leite é “bem aceito na comunidade médica” e que é necessário “harmonizar” a relação entre os médicos.
“É um nome bem aceito na comunidade médica. Nós podemos também harmonizar a relação entre os médicos, que há divisões, uns tem opinião baseada em determinados conceitos, outros expressam determinados pontos de vista e nós precisamos harmonizar essas ações pra seguir em frente”, disse Queiroga na chegada ao Ministério da Saúde.
A Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 foi criada em maio. Segundo o governo, a pasta se destina a “propor diretrizes nacionais e ações de implementação das políticas de saúde para o enfrentamento à Covid-19”. Além disso, também deve realizar uma articulação com estados, municípios e com o Distrito Federal e coordenar as ações do Plano Nacional da Vacinação contra a Covid-19.
Luana Araújo
Em depoimento à CPI da Covid, Luana Araújo afirmou não saber o motivo pelo qual não foi nomeada e disse ainda que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, tinha dito que ela não teve o nome aprovado. À CPI, o ministro Marcelo Queiroga deu duas versões sobre a não nomeação de Luana: Em 26 de maio, no seu primeiro depoimento, disse que eram necessárias “validação técnica” e “validação política” para a nomeação. No dia 8 de junho, em seu segundo depoimento, Queiroga afirmou que a decisão de não nomear Luana partiu dele.
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