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CONFIRA ESTRATÉGIAS PARA ECONOMIZAR NO SUPERMERCADO

Redação - 17/06/2021 07:27

Quem não toma um susto toda vez que vai hoje ao supermercado? Apesar do desemprego alto e da queda da renda dos trabalhadores, os preços dos alimentos explodiram nos últimos meses. A cesta básica em Salvador, por exemplo, ficou 2,75% mais cara, em maio, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) – um aumento só superado por Natal (4,91%) e Curitiba (4,33%). Para ajudar a equilibrar o orçamento, uma reportagem do Jornal Correio listou cinco estratégias que ajudam na hora de economizar.

O custo da cesta na capital baiana chega a R$ 470,14. Está puxado? Tem mais um número que pode comprovar o quanto o supermercado está comprometendo a renda dos baianos. Em 12 meses, a alta do gasto com a cesta básica é de 14,50%. A aposentada Sônia Santos, de 60 anos, tem gastado no supermercado, 50% a mais do que antes. No entanto, apesar de pagar mais, ela, na verdade, tem comprado menos: “Antes da pandemia meu supermercado ficava em R$ 400 – isso com alguns excessos de coisas que levava para casa e não necessariamente precisava. Hoje, gasto R$ 600 comprando só o essencial e tudo online para não correr o risco de ficar correndo pela loja e trazendo algo a mais. Tenho uma lista certa em cima do que é realmente básico”, afirma.

E não é só trocar o ovo pela carne. Pelo menos é o que garante os especialistas em educação fiinanceira ouvidos pelo CORREIO que ajudaram a montar o guia rápido, por mais complicado que seja fazer isso, diante da alta de preços. Com o aplicativo Preço da Hora Bahia, por exemplo, dá para perceber uma diferença de preços de 5% a 20% com a pesquisa feita pela ferramenta. Lançado há um pouco mais de um ano pelo Governo do Estado, os dados são extraídos diretamente das Notas Fiscais de Consumidor Eletrônicas (NFC-e), e das Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e) emitidas por estabelecimentos comerciais do estado.

Já foram feitos mais de 430 mil downloads do aplicativo, disponível nos sistemas Android e iOs. Nos campeões de busca estão os combustíveis e medicamentos. No item supermercados,  cervejas e produtos da cesta básica, lideram, como destaca o auditor fiscal da Gerência de Sistemas da Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-BA), Felipe Abreu.

“A recomendação é que o consumidor conheça e combine ao máximo todas as funcionalidades que o app possui. O aplicativo permite a criação de listas de compras, além de outra funcionalidade que possibilita a criação de grupos de estabelecimentos favoritos.  Isso permite que a lista seja pesquisada apenas nos estabelecimentos cadastrados em um grupo de definido, informando os estabelecimentos da sua preferência com os melhores preços”.

Mais 10% a 20% de economia, o consumidor consegue mudando algumas atitudes na hora de ir ao supermercado. Para a educadora financeira e comportamental, Meire Cardeal, além dos aplicativos vale adotar a estratégia da definição de um cardápio da família com a definição das refeições antes até de fazer a lista. “A compra é um ato emocional. Planeje, mensure o valor que gasta no mercado. Verifica tudo o que tem na dispensa, o que se compra e acaba não usando. Faz o cardápio da família e em cima disso, monta essa lista. Tem cuidado também com os itens que compra por conta da promoção, mas que, na verdade, depois você não acaba consumindo ou tem um estoque grande em casa”, aconselha.

O economista e educador financeiro Edísio Freire vale ficar de olho também no dia de promoção de cada supermercado e nos clubes de fidelidade das lojas: “Se informe sobre isso, e organize suas compras de forma a aproveitar essas promoções”. Ambos concordam que a troca de marcas é mais uma dica que acaba fazendo a diferença no valor final dos gastos com esse tipo de despesa. “Escolha produtos de marcas menos conhecidas, principalmente no grupo de material de limpeza – item que também subiu muito de preço por conta da pandemia”, ressalta Freire. Já Meire Cardeal recomenda ficar de olho nos produtos das marcas próprias das redes de supermercados. “É outro recurso para quem quer economizar”.

Mais dicas

Ainda no caso da aposentada Sônia Santos, outro artifício foi aproveitar a ida de alguém ao supermercado, justamente, para evitar qualquer tentação em comprar algo fora da lista. “Aí peço o que preciso. Uma coisa que se tornou comum no prédio é isso: alguém diz que está indo e traz o que todo mundo precisa complementar na dispensa. As pessoas ficaram mais colaborativas na pandemia e acaba sendo mais um jeito de ir reduzindo. A maior economia é não comprar além do limite”.

Meire Cardeal afirma que dona Sônia está no caminho certo para alguém que quer mudar o seu comportamento de compra já que não tem como controlar sozinha, o índice de inflação ou conter a perda de renda do consumidor nesse momento de crise e acrescenta aí, mais um conselho: “Com relação aos produtos de hortifruti compre aqueles da estação. Os que sofrem alguma baixa na produção ou não estão entre os sazonais encarecem bastante qualquer carrinho. Faça as substituições necessárias até o limite do seu bolso”.

Ah, e fuja dos horários e dias de pico das lojas. Isso tende a aumentar sua impaciência em terminar logo as compras e acabar comprando tudo que ver pela frente, sem comprar esses preços. “Evite compras com euforia, ou alguma ansiedade, porque leva você a gastar mais sem nem perceber”, acrescenta Edísio Freire.

Foto: divulgação

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