O ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, garantiu que vai comparecer à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid e que responderá a “todas as perguntas” dos senadores, apesar de ter entrado com pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF). “Eu irei e vou responder a todas as perguntas”, prometeu Witzel. Os advogados do governador deposto por acusações de desvios de recursos destinados ao combate ao novo coronavírus, fizeram o pedido com base na autorização do Supremo concedida ao governador do Amazonas, Wilson Lima.
“Farei alguns requerimentos à CPI. Muitos fatos não ficaram esclarecidos e precisam ser aprofundados. Ao que parece, o que interessava mesmo era meu afastamento e cassação. Criminosos confessos como (o empresário) Edson Torres não tiveram seus bens bloqueados e as empresas que operaram os esquemas dele continuam atuando sem qualquer intervenção. Não é estranho? A CPI pode prestar um grande favor à democracia investigando, quebrando sigilos que não foram quebrados e encontrando o caminho do dinheiro”, questionou.
Em entrevista à coluna Radar, da revista Veja, Witzel afirmou que a decisão de mover o habeas corpus foi exclusivamente dos seus advogados. O empresário Edson Torres disse em uma sessão do Tribunal Especial Misto que pagava propina a Edmar Santos, secretário estadual de Saúde no governo Witzel. Ele alega ter pago quase R$ 1 milhão ao ex-governador antes da campanha de 2018, o que Witzel sempre negou.
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