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PARTICIPAÇÃO FEMININA NO EMPREENDEDORISMO CAI EM 2020

Redação - 15/06/2021 10:05 - Atualizado 15/06/2021

Grande parte das empreendedoras já estabelecidas no mercado em 2020, aquelas com mais de 3,5 anos à frente de um negócio, se viram obrigadas a abandonar as suas empresas. É o que aponta o relatório da Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2020, realizado no Brasil pelo Sebrae em parceria com o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBPQ), divulgado hoje (15).

Segundo o relatório, no ano passado, a taxa de empreendedorismo total no Brasil atingiu o menor patamar dos últimos oito anos e caiu para 31,6%, o que representa uma redução de 18,33% quando comparada com a taxa de 2019, que foi de 38,7%. Com esse resultado, o Brasil caiu do 4º lugar em taxa total de empreendedorismo no mundo para o 7º lugar.

As mulheres, juntamente com os jovens, os empreendedores de baixa renda e de pouca escolaridade, influenciaram no resultado da taxa de empreendedorismo estabelecido, que passou de 16,2% para 8,7% no ano passado, a maior redução já registrada nos últimos 17 anos. Em contrapartida, as mulheres, juntamente com esse grupo, também movimentaram o número dos empreendedores iniciais, aqueles com até 3,5 anos de fundação, que registraram a maior taxa da série história do estudo, atingindo 23,4%.

O presidente do Sebrae, Carlos Melles, destaca que apesar do aumento da participação delas no empreendedorismo inicial, saíram mais mulheres do que entraram, porque muitas se viram obrigadas a cuidar da família o que diminuiu a participação feminina no mundo dos negócios. “A pandemia afetou enormemente o Brasil e impactou muito o grupo mais vulnerável dos empreendedores, como, por exemplo, as empreendedoras. Isso fez com que houvesse uma reversão das conquistas adquiridas ao longo dos últimos anos”, afirma Melles.

Em 2020, as mulheres corresponderam a aproximadamente 46% dos empreendedores iniciais, número um pouco superior ao registrado em 2006, quando a taxa era de 43,8% e mais de quatro pontos percentuais inferior ao registrado em 2019, quando as empreendedoras representavam metade dos empreendedores iniciais.

Foto: Ilustrativa/ Camila Souza/GOVBA

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