Por: Kamila Silva
Mais de 300 trabalhadores de limpeza urbana que atuam em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador (RMS), paralisaram ontem (24) suas atividades por falta de vacinação contra a covid-19. De acordo com o sindicato da categoria, a prefeitura chegou a iniciar o processo de imunização, mas parou após atingir 100 vacinados, menos da metade dos garis e margaridas que atuam nas ruas da cidade.
Conforme dados divulgados pelo SindilimpBA, os trabalhadores em Lauro de Freitas atuam por duas empresas, em forma de consórcio, sendo que a Naturalle e a Jotagê são responsáveis pelos profissionais que atuam no município. Ainda conforme o sindicato, essa é a segunda cidade que para as atividades por conta da vacinação na Bahia, a primeira foi Juazeiro. “Não temos outra alternativa, já dialogamos com as gestões, com as empresas, sabemos das dificuldades, mas os garis e as margaridas são essenciais, não é porque são pobres que são menos que outras categorias”, afirma Ana Angélica, a coordenadora-geral da instituição.
Em resposta ao portal Bahia Econômica, a Secretaria Municipal de Serviços Públicos de Lauro de Freitas (SESP) informa que a paralisação dos trabalhadores ocorreu somente ontem no período da manhã, mas que retomaram o trabalho no mesmo dia. O órgão municipal rebate a versão do sindicato.
“O Sindicato alegava que a categoria não havia sido vacinada, o que não é verdade. Dos 269 terceirizados, 137 já haviam recebido a D1 [primeira dose] e os demais 132 receberam a dose na manhã desta terça-feira. Dos servidores contratados diretamente pela prefeitura, mais de 400 já receberam a D1, na sede da Secretaria Municipal de Serviço Público, no dia 29/04 e no sábado 22/5”, diz parte da nota.
O Sindicato, por sua vez, afirmou que a prefeitura cumpriu com sua parte na negociação e por este motivo os trabalhadores foram vacinados na manhã de hoje.
Foto – Divulgação