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CPI DA COVID: GOVERNO SÓ FEZ CONTRAPROPOSTA POR VACINAS DA PFIZER EM DEZEMBRO, MOSTRAM DOCUMENTOS

Redação - 25/05/2021 09:29

O governo Bolsonaro só formalizou uma contraproposta ao laboratório em dezembro de 2020, apesar do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ter mentido à comissão que tentou o “tempo todo” negociar as cláusulas jurídicas do acordo. Emails enviados pela Pfizer à CPI da Covid do Senado indicam que as discussões sobre mudanças jurídicas no contrato com a empresa apenas se intensificaram no final de 2020.

De acordo com os emails, revelados pelo jornal Folha de S. Paulo, a primeira contraproposta ao documento que aparece formalizada por escrito à Pfizer ocorreu em 4 de dezembro. A “carta de intenções” foi assinada em 10 de dezembro do ano passado, contrariando pareceres jurídicos do governo, segundo o ex-ministro. Segundo os documentos da CPI, a Pfizer apresentou uma terceira oferta de doses de vacina em 24 de novembro com validade até 7 de dezembro encaminhando uma nova proposta de memorando. Essa oferta havia sido acertada após reunião no dia 17 daquele mês.

Àquela altura, a Pfizer negociava 70 milhões de doses, mas já não ofertava mais vacinas com entrega em 2020. A proposta previa entregar 2 milhões de doses no primeiro trimestre deste ano, mais 6,5 milhões no segundo trimestre e o restante até o final do ano. O Ministério da Saúde só firmou acordo com o laboratório em março de 2021, quando adquiriu 100 milhões de doses —das quais 14 milhões devem ser entregues até junho, e o restante até setembro deste ano.

Foto: divulgação

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