Após o deputado estadual Capitão Alden (PSL) ter acusado integrantes da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) de ganharem R$ 1,6 milhão da prefeitura de Salvador, o que motivou uma representação no conselho de ética pedindo pela cassação de seu mandato por quebra de decoro, o caso também foi repercutido na Câmara dos Vereadores da capital baiana.
Os vereadores da base do prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), de acordo com o site BNews, condenaram nesta quinta-feira, 29, a atitude do político, cobraram que ele prove o que foi falado e chegaram a opinar pela defesa da cassação do politico.
Para o vereador Sabá (PV), “esse tipo de parlamentar não pode se criar no Estado da Bahia. Aqui não. Macha a reputação de todos os políticos: de vereador a governador da Bahia” . Palhinha (DEM) argumentou que o deputado está sozinho e que a trajetória do deputado mostra essa situação.
Para Joceval Rodrigues (Cidadania), Alden ultrapassou qualquer limite moral e ético. “Não podemos permitir esse tipo de discurso nos dias de hoje”.
O vereador Ricardo Almeida (PSC) argumentou que o deputado deve comprovar o que foi dito. “Agora ele tem que manter o que ele falou. Os deputados que ali passaram pelo Assembleia nunca demonstram fugir e recuar daquilo dito. Se ele acusou, agora ele tem que provar. E os deputados não devem recuar”.
Após a acusação, Alden publicou um vídeo na noite da terça-feira, 27, no qual afirma que “jamais tive a intenção de ofender ou atingir a imagem, a honra ou a reputação de qualquer colega parlamentar” e que as críticas foram “genéricas, sem citar nome de nenhum parlamentar”, motivadas pelo “desejo de zelar pelo bom serviço público”.
“Todos conhecem minha postura profissional e sabem que sempre procurei fazer meu mandato de forma propositiva, respeitosa e equilibrada. Gostaria de expressar meu pedido de desculpas a todos que se sentiram ofendidos”, disse Alden.