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CIRO GOMES DEFENDE REFORMA FISCAL E DIZ QUE BOLSONARO VAI PERDER A ELEIÇÃO

Redação - 19/04/2021 09:00 - Atualizado 19/04/2021

Pré-candidato do PDT à presidência da República, o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, defende a reforma fiscal como arma para combater a crise. Em entrevista exclusiva ao A Tarde, Ciro disse ainda que o presidente da República “é o responsável pelo excesso de mortes que nós estamos vivendo” hoje no Brasil e que “a população está cansando. Está enchendo o saco com tanta irresponsabilidade”.

Questionado sobre o auxilio emergencial e a economia do país Ciro afirma que o Brasil precisa precisa de uma ampla reforma fiscal e uma ampla reformulação política. “Nós precisamos pôr em debate uma política sólida de retomada do desenvolvimento brasileiro e identificar que esse desenvolvimento não vai vir desses equívocos ideológicos, ele vai ter que vir, desta vez, puxado, como as práticas do mundo inteiro estão mostrando, pelo incremento do investimento público. Que está absolutamente deprimido. Portanto, a tarefa para consertar isso é uma reforma fiscal que aumente a receita pública e que fortaleça o investimento em infraestrutura e em ganho de produtividade na economia brasileira. Basicamente, aquele investimento modular em construção civil, saneamento básico, moradia popular, enfim, todos esses que têm intensividade de mão de obra e que não importam insumos estrangeiros”.

Sobre o auxilio, Ciro diz que o valor é insuficiente e que o governo vai precisar adequar as contas para poder não perder o controle dos gastos. “Ele ainda está atrasado e oferece agora um socorro de R$150, que é ¼ do valor de uma cesta básica. Isso é um crime. Eu, sendo presidente, faria o que eu mandei para ele numa carta em março do ano passado. Quando eu vi a pandemia, e comecei a estudar as potencialidades trágicas da pandemia, eu achei: essa é a hora de a gente suspender a briga, a disputa política e o antagonismo e é a hora de todo mundo dar as mãos para nos ajudarmos a atravessar essa tragédia. Eu mandei uma carta para ele sugerindo uma porção de coisas práticas e concretas que é o que eu faria. No caso do socorro emergencial, eu inclusive cheguei, não sendo o meu papel, eu cheguei a sugerir fonte de recurso. Como faço hoje. Se o Brasil cobrar uma contribuição dos grandes patrimônios, acima de R$10 milhões, dá para você pagar um auxilio de R$600 até você chegar a 60% de cobertura vacinal, que é o ponto em que a gente pode começar a descomprimir e entender que vencemos a pandemia”.

Foto: divulgação

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