Em março, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), calculado pelo IBGE, ficou em 0,88% na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Manteve, assim, um movimento de aceleração frente ao mês anterior (havia sido de 0,67% em fevereiro e 0,38% em janeiro) e foi o maior para um mês de março, na RM Salvador, desde 2015, quando havia ficado em 1,33%.
Apesar da aceleração, o índice na RMS ficou abaixo do registrado no país como um todo (0,93%) e foi o 3º menor entre as 11 áreas pesquisadas, acima apenas do registrado nas regiões metropolitanas de São Paulo/SP (0,52%) e Rio de Janeiro/RJ (0,52%). Os dados foram divulgados hoje (25) pelo IBGE.
No acumulado no primeiro trimestre de 2021, o IPCA-15 da RM Salvador está em 1,94%. Segue abaixo do índice do Brasil como um todo (2,21%) e é o 3o menor entre os 11 locais pesquisados. Nos 12 meses encerrados em março, o índice acumula alta de 5,03% na RM Salvador, ficando bem acima do acumulado nos 12 meses encerrados em fevereiro (4,21%), mas ainda se mantendo menor que o indicador nacional (5,52%).
O IPCA-15 de março na RMS foi resultado de aumentos nos preços médios de sete dos nove grupos de produtos e serviços que formam o índice. Apenas educação (-1,87%) e vestuário (-0,68%) tiveram quedas médias dos preços.
Com a maior alta, os transportes (3,58%) exerceram, mais uma vez, a principal pressão inflacionária na prévia de março, na RMS. Assim como havia ocorrido em fevereiro, o grupo foi puxado pelos combustíveis, que aceleraram fortemente e aumentaram 12,88% (frente a 5,68% no mês anterior).
A gasolina (12,69%) foi pelo segundo mês seguido o item que individualmente mais contribuiu para o avanço do IPCA-15 na RM Salvador, onde o combustível registrou o 3o maior aumento dentre os 11 locais pesquisados. Mas o etanol (15,81%) e o diesel (11,75%) também tiveram altas relevantes e estiveram entre as principais pressões na prévia de março.
Além dos transportes, os preços do grupo alimentação e bebidas (0,90%) voltaram a acelerar na RMS, após terem registrado quatro reduções seguidas no ritmo de alta (desde novembro de 2020), e exerceram a segunda principal influência para cima no IPCA-15 de março.
Foram pressionados tanto pelos produtos consumidos em casa (0,78%) quanto pela alimentação fora (1,22%), com altas importantes nas carnes em geral (1,70%), no pão francês (3,78%) e no lanche fora (2,91%), entre outros.
O gás de botijão (5,35%) também foi, pelo segundo mês seguido, uma das principais pressões inflacionárias no IPCA-15, na Região Metropolitana de Salvador, onde foi registrado o 3o maior aumento entre os 11 locais pesquisados.
O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, refletindo os preços coletados entre 12 de fevereiro e 15 de março.
Foto: Tomaz Silva/ Agência Brasil