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GOVERNO VÊ REJEIÇÃO RECORDE COMO REFLEXO DAS MORTES

Redação - 18/03/2021 08:30

Assessores diretos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) atribuem o pico de rejeição da gestão durante a pandemia, apontado pelo Datafolha, aos recordes diários de mortes por Covid-19 nos últimos dias no país. No Palácio do Planalto, um ministro diz que já esperava por este resultado e que o entendimento é o de que o momento é de ações práticas para tentar controlar a pandemia. Um evento que aconteceria na tarde desta quarta-feira foi cancelado, e o governo informou que o presidente irá ao Congresso entregar pessoalmente a medida provisória que possibilita o pagamento de uma nova rodada do auxílio emergencial, que alavancou a popularidade de Bolsonaro no ano passado.

No Legislativo, questionados sobre o resultado da pesquisa Datafolha, parlamentares também relataram já esperar a deterioração política de Bolsonaro diante da condução do enfrentamento à pandemia pelo governo. “Vivemos um momento muito delicado, muito difícil para a vida nacional. Então, é natural que as pessoas reajam com certa descrença em relação a tudo isso que está acontecendo, não só em relação ao governo, mas às instituições de um modo geral”, disse o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Um dos principais conselheiros do presidente no Planalto avaliou à Folha, sob reserva, que o pior momento da pandemia é também o pior momento do governo e que não há mudanças a curto prazo a serem feitas para melhorar a imagem de Bolsonaro. Um ministro disse entender que não é hora de fazer nenhuma campanha de comunicação, porque, nada que não seja cuidar da saúde será percebido pela população neste momento. Ao mesmo tempo em que o país chega a 282.400 óbitos por Covid-19, sendo 2.798 mortes em apenas 24 horas, a pesquisa Datafolha apontou que 54% dos brasileiros veem a atuação de Jair Bolsonaro no combante à pandemia e seus efeitos como ruim ou péssima.

O dado foi aferido na mesma semana em que foi apresentado o quarto ministro da Saúde de seu governo, o cardiologista Marcelo Queiroga. Na pesquisa passada, realizada em 20 e 21 de janeiro, 48% reprovavam o trabalho de Bolsonaro na pandemia. Na rodada atual do Datafolha, o índice daqueles que acham sua gestão da crise ótima ou boa passou de 26% para 22%, enquanto quem a vê como regular foi de 25% para 24%. Não opinaram 1%.

Foto: divulgação

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