O Ibovespa acumulou perdas de 0,9% nesta semana e o cenário político foi um dos principais responsáveis pelas movimentações – tanto positivas quanto negativas – do principal benchmark da Bolsa.
Segunda
O Ibovespa encerrou em forte queda na segunda-feira (8), e o desempenho foi puxado, em grande parte, pela notícia de que o ministro do STF, Edson Fachin, anulou todos os processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Graças a decisão, Lula retoma seus direitos políticos e está apto para lançar sua candidatura presidencial em 2022. Apesar disso ter desestabilizado o mercado, a Bolsa já vinha somando perdas devido ao avanço do número de casos de Covid-19 no Brasil e ao consequente atraso na recuperação econômica do país, visto a demora na imunização da população. No exterior, as bolsas dos Estados Unidos fecharam o dia marcando um evidente movimento de rodízio de ativos, com o índice Dow Jones avançando 0,97%, enquanto o Nasdaq reduziu 2,41%. O Ibovespa fechou em queda de 3,98% a 110.611 pontos com volume financeiro negociado de R$ 45,59 bilhões. O dólar comercial encerrou com valorização de 1,67%, a R$ 5,78.
Terça
O Ibovespa encerrou em leve alta na terça-feira (9) devido ao otimismo com a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial na Câmara dos Deputados, que apagou parte do temor gerado pelas notícias políticas vinculadas na véspera. Ainda no radar político, os investidores acompanharam o julgamento na Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) da suspeição do ex-juiz, Sérgio Moro. Sobre o mercado, a queda de 10% do minério de ferro afetou as ações da Vale (VALE3), que foi uma das grandes responsáveis pela limitação de ganhos na Bolsa hoje. O Ibovespa teve alta de 0,65%, a 111.330 pontos com volume financeiro negociado de R$ 40,93 bilhões. O dólar comercial fechou em leve alta de 0,33% a R$ 5,79.
Quarta
O Ibovespa encerrou em alta na quarta-feira (10), em um dia marcado pela forte volatilidade do pregão, que chegou a variar entre alta superior a 1,2% e queda de 1,20%. Um dos principais motivos para a bolsa ter conseguido fechar com bom desempenho está nas notícias dos Estados Unidos. A Câmara de Representantes do país confirmou o pacote de estímulos de US$ 1,9 trilhão à economia proposto pelo presidente, Joe Biden. No radar interno, os investidores ficaram atentos à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial em primeiro turno na Câmara dos Deputados, que retirou alguns pontos que encurtavam a potência fiscal do projeto. Na política, o mercado foi impactado pelo discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que falou à imprensa sobre a anulação de condenações através da decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). O Ibovespa teve alta de 1,3%, a 112.776 pontos com volume financeiro negociado de R$ 40,07 bilhões. O dólar comercial fechou em queda de 2,5% a R$ 5,65.
Quinta
O Ibovespa encerrou em alta nesta quinta-feira (11) puxado pela aprovação em segundo turno do texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial no plenário da Casa dos Deputados. Outro fator contribuinte para o bom humor no mercado interno foi o desempenho positivo das bolsas em Wall Street. As máximas dos índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq foram renovas em um dia forte de alta. Voltando ao Brasil, o temor de uma demora para a recuperação da economia dominou por um tempo o mercado após o governador de São Paulo, João Doria, anunciar que o estado entrará em uma fase mais restritiva de seu plano da pandemia. O Ibovespa teve alta de 1,96%, a 114.983 pontos com volume financeiro negociado de R$ 41,02 bilhões. O dólar comercial fechou em queda de 1,94% a R$ 5,54.
Sexta
O Ibovespa encerrou em queda na sexta-feira (12), puxado por notícias do cenário político e pela alta nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos com vencimento em 10 anos. Entre o noticiário, uma pesquisa XP/Ipespe realizada entre os dias 9 e 11 de março indicou que Lula e Bolsonaro estão tecnicamente empatados na disputa pela presidência. O levantamento impactou negativamente o mercado, pois só confirma a polarização esperada desde a anulação das condenações de Lula no âmbito da Operação Lava Jato. Além disso, o pregão foi marcado pelas vendas antes do fim de semana, tendo em vista que o vencimento de opções sobre ações acontecerá na segunda-feira (15), potencializando a volatilidade dos papéis de blue chips. Entre os indicadores, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que as vendas no varejo recuaram 0,2% em janeiro na comparação com dezembro. O Ibovespa teve queda de 0,72%, a 114.160 pontos e volume financeiro negociado de R$ 28,55 bilhões. O dólar comercial subiu 0,31% a R$ 5,55.
Foto: divulgação
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