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FUSÕES E AQUISIÇÕES MOVIMENTAM US$ 2,8 TRILHÕES NA PANDEMIA

Redação - 07/03/2021 16:00

O M&A Report, publicado anualmente pela consultoria Bain & Company, aponta que 2020 foi um ano volátil para o mercado de fusões e aquisições. O início da pandemia e a paralisação inesperada geraram uma interrupção quase completa da atividade, mas a recuperação na segunda metade do ano minimizou as perdas. No ano passado, foram registradas mais de 28.500 transações, totalizando US$ 2,8 trilhões, patamar próximo ao atingido em 2017.

O levantamento da Bain com cerca de 300 profissionais de M&A aponta que o apetite permanece forte, considerando que metade dos entrevistados esperam uma maior atividade de M&A em seus setores em 2021, embora quase o mesmo número cite as perspectivas econômicas incertas como o principal obstáculo para a negociação.

Globalmente, o valor médio da empresa para ganhos antes de juros, impostos, depreciação e múltiplos de transação de amortização aumentou 14 vezes, enquanto em 2019 este valor era de 13 vezes. Isso foi sustentado por indústrias de crescimento mais rápido, onde os múltiplos se mantiveram estáveis ou aumentaram.

Setores como tecnologia, telecomunicações, mídia digital e produtos farmacêuticos já estavam sob o olhar dos investidores e se tornaram ainda mais atrativos pelas mudanças aceleradas pela Covid-19, com um maior número de avaliações. O que não aconteceu em setores como varejo e energia, onde as avaliações enfraqueceram.

Na análise geral, 2020 foi um ano que trouxe o declínio mais profundo e a recuperação mais forte nas atividades de Fusões e Aquisições e tornou o processo digital o novo normal. “Antes, o principal objetivo de se fazer uma fusão ou aquisição, era ganhar escala. Agora passa a ser ter mais escopo”, explica Kai Grass, sócio da Bain & Company.

Uma tendência que veio pra ficar. Depois de anos em crescimento, o Corporate Venture Capital (CVC) comprovou sua resiliência no tumultuado ano de 2020, com US$ 95 bilhões investidos – soma que representa o valor de negócio anual mais alto investido por empresas de capital de risco corporativo de todos os tempos. Os segmentos de tecnologia e saúde representam mais de 60% do valor do negócio de capital de risco corporativo, mas serviços financeiros, telecomunicações e manufatura e serviços avançados estão em alta.

Foto: divulgação

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