A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-BA), entidade que reúne sindicatos patronais dos setores de comércio e serviços, estima que as medidas restritivas previstas para o final de semana no Estado – para conter o avanço da Covid-19 – custarão, por dia, R$ 70 milhões ao varejo. Os números foram apresentados pelo presidente da federação, Carlos de Souza Andrade na tarde desta quinta-feira (25).
A Bahia terá restrição das atividades não essenciais a partir desta sexta-feira (26) até as 5h de segunda-feira (1º). A medida foi divulgada conjuntamente pelo pelo governador do estado, Rui Costa (PT), e pelo prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM).
“Entendemos que na sexta-feira será um pouco menos que isso, pois funcionaremos até às 20h. Mas no sábado e domingo teremos uma perda substancial, em torno de R$ 70 milhões”, disse durante conversa com jornalistas por meio de uma videoconferência.
Ele também informou que à princípio não foi dialogado com Estado e Município estratégias fiscais possíveis para amortecer os prejuízos ao empresariado. Contudo, o grupo espera que as perdas possam ser futuramente compensadas a partir da compensação em impostos ou em dias trabalhados. Ele também não descarta a possibilidade de demissões ocorrerem a partir deste prejuízo. Ele explicou que manter um funcionário na folha de pagamento acaba ficando inviável se não houver demanda.
Para o representante da entidade, o diálogo realizado a partir de um convite do prefeito de Salvador foi “acertivo”. Além da Fecomércio-BA, o diálogo entre os governos e a categoria também contou com a participação da Associação Comercial da Bahia (ACB) e da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado da Bahia (CDL).