O Ministério da Saúde recomendou, por meio de nota técnica publicada nesta quarta-feira, 24, que estados e municípios reservem a segunda dose das vacinas Coronavac, do Instituto Butantan, que chegaram ao país durante a manhã.
O Brasil recebeu 1,2 milhão de doses do imunizante e outros 2 milhões de unidades da vacina de Oxford/AstraZeneca. O quantitativo do fármaco do Butantan deve ser utilizado com atenção pelos estados e municípios, pois equivale às duas doses da vacina, alertou a Saúde.
De acordo com o ministério, o intervalo de 2 a 4 semanas entre a aplicação das duas doses deve ser respeitado, e gestores da saúde devem considerar, ao vacinar a população, que “ainda não há um fluxo de produção regular da vacina” no Brasil, buscando “evitar prejuízos”.
A decisão de se reservar unidades para a segunda dose contradiz uma informação fornecida por dirigentes da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), na última sexta-feira (19/2). Naquele dia, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, se reuniu com os integrantes do grupo para falar de mudanças no cronograma da imunização.
De acordo com o presidente da FNP, Jonas Donizette, Pazuello garantiu que o ministério aplicará, inicialmente, apenas uma dose do imunizante a cada brasileiro, com a remessa de 4,7 milhões de vacinas que deve chegar ao país entre os dias 24 e 28 de fevereiro.
O ministro teria informado que a segunda dose será aplicada com a vacina produzida no Brasil, que deve ser fabricada a partir do mês de março. Nesta quarta, porém, o Ministério da Saúde manteve a decisão de recomendar a manutenção de unidades para a segunda dose.
De acordo com a pasta, todos os estados e o Distrito Federal começaram a receber 2 milhões de doses da vacina da AstraZeneca/Oxford e 1,2 milhão de doses do imunizante Coronavac, do Instituto Butantan.