O economista e ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Luiz Carlos Mendonça de Barros afirmou que presidente Bolsonaro, pela falta de conhecimento que tem de economia, acabou entrando numa fria com essa história da Petrobrás.
“O preço do petróleo é um dos mais voláteis. Isso não é de agora. No Brasil, o preço tem outro componente que também é muito especulativo, o dólar. Você combina essas volatilidades e chega a uma situação que não dá para administrar. Tabelar é uma solução que compromete todo o modelo econômico do ministro Paulo Guedes. O que é pior: tudo isso para influenciar o comportamento de caminhoneiros”, disse o economista.
Indagado qual seria a solução para os caminhoneiros, o economista foi muito claro:
“É preciso criar um seguro para eles, como o seguro para o produtor rural, que absorve os impactos climáticos. O Banco do Brasil administra isso, que é bancado com recursos fiscais. Mas, como o presidente não entende o problema, as soluções dele são as piores possíveis”, disse Barros
Segundo ele, o presidente pode trocar o diretor da Petrobras, afinal é uma empresa do governo federal, e esse não seria o problema, mas fica claro que Bolsonaro não é um liberal como é o Roberto Castello Branco, por isso sua saída parece certa. “Mas o ministro da Economia, Paulo Guedes fica enfraquecido, até porque o Castello Branco é da turma dele. Por outro lado, a importância dos militares aumenta. Agora um militar não é a solução. Um militar faz o que o presidente manda. Então, vai sentar no preço do petróleo”, disse o economista. Com informações da Folha de São Paulo.