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FAMÍLIAS BRASILEIRAS ESTÃO MAIS ENDIVIDADAS DIZ PESQUISA

Redação - 17/02/2021 07:35

Com base nos gráficos divulgados pelo Banco Central, é possível analisar o avanço do endividamento das famílias brasileiras com o passar dos anos e o crescimento também do número de empréstimos efetuados no Brasil. A BP Money separou ambas projeções para explicar o efeito que esses dados podem exercer na economia do país. No gráfico sobre as famílias, é possível ver a porcentagem de renda que as mesmas ganharam nos últimos 12 meses. A contagem inicia-se desde 2005 e mostra que houve uma aceleração impressionante do crédito como composição da renda dos brasileiros, saindo de 20% para mais de 45%, ou seja, a parcela do crédito mais que dobrou, apesar de todo crédito ser dívida. Isso evidencia a chamada por alguns economistas de “bolha de crédito”, existente no governo Lula e Dilma.

Já na implosão da economia brasileira em 2014, 2015 e 2016, nota-se claramente uma contração de crédito na renda das famílias, o que ajuda a explicar a recessão no Brasil, a queda do PIB e agora mais recentemente, especialmente neste ano, uma explosão novamente do crédito, indicando que a economia pode ter dificuldades em um futuro próximo. Um dos sinais que confirmam esse cenário é a perda de força do Banco Central em relação aos juros, com a instituição dando indícios de que pode aumentar o valor da taxa Selic, além dos dados catastróficos do varejo em dezembro, que registrou uma queda brutal de 6%. Tudo isso revela que a economia brasileira caminha para uma situação de maior fragilidade.

O segundo gráfico representa o estoque de crédito total, que chega à casa de R$ 4 trilhões em 2020. Esse é um salto importante se comparado aos R$ 3,26 trilhões contabilizados em dezembro 2018. Vale ressaltar que o Brasil ainda é uma economia pouco fomentada, mas o que preocupou os economistas nessa projeção foi a aceleração. Esse processo de aceleração acabou se mostrando insustentável na era Lula e Dilma, e esse forte crescimento no ano passado é uma indicação de que as altas de juros no futuro podem ser bombásticas.

É importante relembrar que antigamente, quando existiam choques de juros monumentais, a economia do Brasil era pouco alavancada e o estoque de crédito mantinha-se reduzido pois as pessoas não tinham dívidas de cartão de crédito, de carro ou de imóveis. Hoje em dia a situação se inverteu, então a alta de juros é muito mais forte.

Foto: divulgação

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