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ECONOMIA DE PAÍSES RICOS PODE SER AFETADA POR QUEDA NA MIGRAÇÃO

Redação - 11/02/2021 07:45 - Atualizado 11/02/2021

A crise da Covid-19 encerrou uma década de constante crescimento dos fluxos de migrantes do mundo todo, e isso pode afetar a economia dos países mais ricos. A informação é resultado de uma pesquisa feita pela Organização para Coordenação e Desenvolvimento (OCDE). Apesar dos dados finais de 2020 terem sido publicados por poucos países, o responsável por dirigir o estudo, Christophe Dumont, explicou que a baixa anual nos fluxos de entrada de migrantes dos países ricos variou entre 30% e 70%. Na Austrália e na Nova Zelândia o número chegou a 80% – já que elas fecharam as suas fronteiras permanentemente. Segundo o FMI, ainda que a migração líquida volte aos níveis “normais” até 2024, haverá uma perda percentual do PIB entre 1,2% e 1,7%, aproximadamente.

A OCDE apontou haverá efeitos duradouros para os países que vêm contando com os “recém- chegados” para sustentar o crescimento da força de trabalho, compensar a carga fiscal do envelhecimento populacional e impulsionar o setor da educação. Com a pandemia muitos governos notaram o valor da migração de trabalhadores com pouca qualificação para atuarem em setores como transporte, assistência e abastecimento de alimentos. O presidente do Reserve Bank (Corresponde ao BC australiano), Philip Lowe, falou recentemente que a economia do país foi moldada pela expansão populacional, ao impulsionar o crescimento do PIB. Disse, também, que em 2020-21 o crescimento populacional será o menor desde 1916, quando muitos australianos partiram para a Primeira Guerra Mundial.

Já o Canadá aumentou sua meta de migração líquida. Anteriormente pretendia que, entre 2020 e 2022, 1 milhão de pessoas passassem a morar no país, agora deseja trazer 400 mil novos habitantes permanentes por ano pelos próximos três anos. Segundo o Valor Econômico, outros governos acreditam que a queda na migração não é um problema imediato, já que a maioria dos países tem níveis gerais de desemprego elevados. Os economistas também não esperam uma recuperação rápida, ou seja, que a migração alcance os níveis anteriores à pandemia. De todo modo, é provável que ela aumente com a reabertura das fronteiras.

Foto: Reprodução / Empregos em Curitiba

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