A notícia de que Lula já endossa o nome de Fernando Haddad para concorrer à Presidência da República em 2022 gerou reação de Guilherme Boulos (PSOL-SP), uma das novas e mais promissoras lideranças da esquerda no Brasil.
“Todos os partidos têm o direito de lançar candidato. Mas, com Jair Bolsonaro governando o Brasil, é preciso buscar unidade”, disse ele. “E unidade precisa começar por confluência de projeto, e não jogando vários nomes na sala. Se isso for feito, a pulverização fica estabelecida”, segue.
“O nome [do candidato à Presidência] deve ser o ponto de chegada, e não o ponto de partida”, diz Boulos.
Boulos diz ainda defender a construção de uma mesa em que a esquerda possa “debater e chegar a pontos comuns. E, a partir daí, buscar uma metodologia para a escolha de um nome para concorrer à Presidência da República.
Ele se pronunciou também no Twitter. Numa mensagem, escreveu: “Defendo que a esquerda busque unidade para enfrentar Bolsonaro. Para isso, antes de lançar nomes, devemos discutir projeto”.
Coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores sem Teto), Boulos foi ao segundo turno na disputa pela Prefeitura de SP, em 2020, enquanto o PT teve desempenho pífio para as suas dimensões. O candidato do PSOL, no primeiro turno, teve 20,2%, dos votos válidos —o candidato do PT, Jilmar Tatto, teve 8,7%.
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