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AUMENTO NO ALUGUEL CHEGA A 23%; VEJA COMO RENEGOCIAR VALOR

Redação - 01/02/2021 09:00

Famílias que vivem em imóveis alugados, cujos contratos são reajustados anualmente  pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), devem ficar atentas. O motivo: o indicador  fechou o ano passado com alta de 23,14% – o maior em 18 anos. Na prática, isto significa que um aluguel de um apartamento, por exemplo, no valor de R$ 2 mil, com aniversário em janeiro,  passaria para  R$ 2.462,80. A boa notícia é que a situação econômica  do país favorece a negociação e aplicação de um índice de correção bem menor.

Por com desse expressivo aumento, a solução para os locatários tem sido buscar negociações com o proprietário do apartamento. Aplicar a correção tem se tornado inviável e as imobiliárias inclusive desaconselham, para não perder o inquilino. Até o Itamaraty vai atrasar as contas este ano. Segundo o jornal O Globo, o Ministério das Relações Exteriores só vai pagar os aluguéis das embaixadas, contas de luz e água daqui a três meses. “Assumir uma diferença anual de 20%, sendo que o salário da gente não sobe nem 3%, 4% ao ano não tem cabimento. O proprietário vai ser obrigado a rever o valor, porque esse aumento de 20% fica insuportável”, diz o engenheiro Wilson Godoy, 56 anos.

Ele se encontra em ambas as situações: a de locador e a de locatário. O reajuste para a residência onde mora, em Buraquinho, virá agora em fevereiro, mas ele já planeja negociar para que não seja aplicada a totalidade do reajuste. “Esse aumento extrapolou todas as expectativas. É preferível ter um custo de mudança do que manter um ano com 20% a mais, sendo que tem muito imóvel disponível para alugar. Mas acredito que será possível negociar um valor de reajuste aceitável, o proprietário foi muito solícito”, conta Godoy. Ele também pretende negociar com seu inquilino, do Alphaville, em junho, quando o contrato completa um ano: “É melhor negociar porque cada mês com o imóvel fechado representa quase 10% do aluguel do ano”.

O diretor de patrimônio do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da Bahia (Creci-BA), José Alberto Oliveira, explica que a maioria dos proprietários não está aplicando o índice, e sim negociando caso a caso. A depender do cliente, a adequação é concedida. “A negociação é o mot principal, a maioria não está aplicando quando o índice do contrato é o IGP-M. Estão sendo feitos acordos e não o reajuste total, para não deixar a casa vazia. Mas tudo é feito pontualmente, analisamos caso a caso: se é um bom inquilino, se paga o aluguel em dia, cuida do imóvel e se o imóvel está de acordo com o valor do mercado hoje… Levamos tudo isso em conta”, esclarece José Alberto.

Ele também é corretor e proprietário da maior imobiliária da Bahia, a José Alberto Imóveis, que trabalha em rede com outras sete empresas. Ao todo, são mais de 1000 imóveis disponíveis para locação – entre apartamentos residenciais, comerciais, lojas, galpões e casas. Segundo Alberto, apesar do alto reajuste, a procura por imóveis aumentou em torno de 20% no mercado durante a pandemia.  “Mesmo com IGP-M alto, o mercado melhorou, no mínimo, 20%. Aqui na nossa empresa estamos superando nossas metas. Hoje a gente está alugando dois imóveis por dia, contando com domingo”, conta o corretor.(Correio)

Foto: divulgação

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