Por: João Paulo Almeida
Em nota enviada ao portal Bahia Econômica, a secretaria de Desenvolvimento Econômico do estado, através do secretário e vice-governador João Leão (PP), negou as queixas feitas por proprietários de boxes na Ceasinha em Salvador. (Veja aqui). Os proprietários reclamam de taxas altas e descaso. Segundo o documento, o governo chamou os proprietários para conversar sobre os débitos oriundos da crise econômica do coronavírus e negou que tenha fechado partes do local. A Nota explica que o local é de muita importância para o governo e para os comerciantes, além de ter preços mais acessíveis que o mercado.
Veja a nota
Segundo o governo, “o Mercado do Rio Vermelho agora é mantido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) e pela empresa privada Enashopp, que tem licitação para gestão e operação. Segundo a Associação dos Permissionários do Mercado do Rio Vermelho (APMRV), é cobrada uma taxa de condomínio e uma outra taxa de aluguel.Atualmente são 130 boxes em operação e 41 fechados. Cinco boxes serão ocupados nos próximos meses em função do chamamento público realizado em novembro de 2020. O MRV tem uma taxa de aluguel com custo de R$ 80 por metro quadrado. Um valor abaixo da média, se for comparado a outros valores praticados no comércio do mesmo segmento. O valor do rateio de despesas é proporcional ao serviço oferecido de manutenção do equipamento, junto aos permissionários. Existe inadimplência, mas a SDE e a Enashopp estão buscando alternativas para não comprometer o bom funcionamento do centro de compras.
A SDE esclarece ainda que não houve nenhuma tentativa de negociação por parte dos permissionários que entregaram os boxes. Aqueles que quiseram negociar, à época, após resposta positiva da extinta SUDIC (autarquia que gerenciava o MRV), não deram andamento às negociações, preferindo entrar com processo.
Em relação a algumas críticas feitas por permissionários que entregaram os boxes, a Secretaria explica que a praça de alimentação funcionou à noite enquanto foi do interesse dos permissionários. Depois, os próprios permissionários foram fechando à noite, ficando poucas operações (apenas três – que resolveram, por fim, que não dava para continuar). Com relação aos demais boxes fora da praça de alimentação, inicialmente foi proposto o horário de fechamento às 20h, que foi rechaçado pelos permissionários, ficando estabelecido, por negociação com os permissionários, o horário de fechamento às 19h, horário que ficou em vigor até o início da pandemia do covid-19. Ou seja, não há óbice do Estado. Atualmente, o horário de funcionamento é das 7h às 17h, de segunda a sábado; e de 7h às 16h aos domingos, sendo de 7h às 9h exclusivo para idosos.
Importante ressaltar também que o projeto do mercado foi feito para usar a ventilação natural. Não foi previsto ar-condicionado. Na inauguração do novo MRV, o Governo do Estado fez uma divulgação massiva. O equipamento continua sendo divulgado, por meio da Enashopp e da Assessoria de Comunicação da SDE, em veículos da imprensa e nas redes sociais da internet.
Foto: divulgação