O governador de São Paulo, João Doria, iniciou a entrevista coletiva sobre a aprovação do uso emergencial de vacinas no Brasil, e criticou fortemente o governo federal. Logo depois deu a primeira dose de vacina a enfermeira Mônica Calazans, do Hospital Emílio Ribas, a primeira pessoa no Brasil a receber uma dose da Coronavac.
Depois dela, vários outros profissionais do Hospital das Clinicas, onde é realizada a coletiva, também foram vacinados.
“É o triunfo da vida contra os negacionistas, contra aqueles que preferem o cheiro da morte, ao invés do valor e da alegria da vida”, disse Doria.
O governador chamou a vacinação de uma vitória da democracia e dedicou o avanço às mais de 209 mil vítimas do coronavírus no Brasil e aos mais de 8,4 milhões de pessoas que se infectaram com a doença.
“Hoje é o dia V. É o dia da vacina, é o dia da verdade, é o dia da vitória, é o dia da vida.”, disse Dórea.
“A vacina vai ajudar a evitar cenas dramáticas e trágicas como o Brasil e o mundo viram em Manus. Cenas que chocaram a opinião pública mundial”, afirmou o governador.
Doria fez críticas diretas ao presidente Jair Bolsonaro, seu adversário político, com quem vem travando discordâncias desde o início da pandemia, citando falas dele e do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. “‘E daí?’, disse um brasileiro. ‘Pressa para quê’, disse outro brasileiro. ‘Toma cloroquina que passa’, disse um líder do País. A vacina é uma lição para vocês, autoritários que desprezam a vida, que não têm compaixão, que desprezam a atenção, a dedicação e a necessidade de proteger abrasileiros. Você não fizeram isso”, disse.
Mas elogiou o corpo técnico da Anvisa , dizendo que eles cumpriram seus deveres e obrigações e mostraram a autonomia de um órgão regulador. “Resistiram às pressões. A ciência falou mais auto do que o autoritarismo.”