Por: João Paulo Almeida
BE – Quais as principais mudanças que você vai colocar na UPB caso seja eleita?
CC- O ano de 2021 será de grandes impactos nas contas públicas do governo federal com incidência direta na prefeituras, sobretudo nos pequenos municípios, cujo orçamento em muito depende dos repasses constitucionais. Temos que preparar a UPB para esse novo momento, buscando soluções para auxiliar os prefeitos a enfrentar o cenário de dificuldades que temos pela frente, e ao mesmo tempo fortalecer a instituição para buscar alternativas de receitas junto ao Congresso Nacional.
BE – Como à senhora avalia a gestão do atual presidente Eures Ribeiro?
CC- Foi uma gestão importante por ter sido um presidente muito diligente e atento aos problemas dos municípios.
BE- Quais as diretrizes que sua campanha vai tomar para vencer?
CC- Já estamos em campanha desde o final de 2020. Estamos conversando muito com os prefeitos, deputados e senadores, para elaborarmos um plano de gestão que atenda as principais demandas e necessidades das prefeituras e dos municípios. Neste mês de janeiro, vamos intensificar o diálogo e as visitas às regiões.
BE-Quais as pautas que a senhora vai propor para aumentar o poder dos municípios frente ao governo estadual e federal ?
CC- Nosso principal objetivo é transformar a UPB em um forte instrumento de empoderamento dos municípios através da valorização dos prefeitos e da causa municipalista.
Não podemos mais aceitar que os prefeitos vivam “mendigando” por mais recursos nas outras esferas de governo. Os prefeitos devem ser vistos como os agentes que estão mais próximos da população, porque é no município que as pessoas vivem, educam seus filhos, buscam soluções para seus problemas de saúde. Enfim, o município tem que oferecer às pessoas que moram nele as condições para uma vida com mais qualidade, onde os serviços públicos possam funcionar e atender as necessidades da população. Por tudo isso, os prefeitos devem ser mais ouvidos e considerados pelos outros entes federativos. E a UPB pode desempenhar um papel muito importante nisso, no sentido de conferir mais protagonismo e força aos nossos prefeitos.
BE- Como a senhora avalia a nova ajuda concedida pelo governo federal para ajudar os municípios a pagar suas dívidas ?
CC- Toda ajuda é sempre bem vinda. Mas a pandemia colocou a saúde do cidadão como a principal tarefa dos governantes, em todas as esferas. No âmbito municipal, precisamos fazer uma convocação e reunir os prefeitos para um debate mais aprofundado sobre o tema da saúde. Esse é um momento que vai exigir muito de todos nós, e precisamos trocar experiências, compartilhar saberes, formar consórcios e encontrar soluções conjuntas que possam mitigar os impactos dessa crise que estamos enfrentando por conta da pandemia.
BE-Como a senhora avalia a divisão de recursos proposta pela união?
CC- A tão sonhada reforma tributária terá que levar em conta os novos tempos e finalmente destinar mais verbas para os municípios. Não podemos mais tolerar que se aumente tantos as atribuições e responsabilidades dos prefeitos e dos municípios, sem que haja uma justa contrapartida, que passa necessariamente por uma divisão mais equânime dos recursos. Hoje, está tudo muito concentrado no governo federal. Precisamos transformar essa realidade. E os prefeitos têm força para isso. O que precisamos é de um trabalho mais coordenado para conseguirmos fortalecer a causa municipalista.
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