As escolas públicas do Brasil perderam cerca de 650 mil matrículas entre 2019 e 2020, de acordo com os dados finais do Censo Escolar da Educação Básica 2020, divulgados nesta quinta-feira, 31, no Diário Oficial da União (DOU), pelo Ministério da Educação. Os dados refletem a situação anterior à pandemia de Covid-19 e logo, possuem 11 de março como data de referência. As informações são do G1.
Em 2020 houve 35.961.237 matrículas na educação básica pública, que vai da creche ao ensino médio, incluindo a educação de jovens e adultos. Já em 2019, o Censo Escolar apontou 36.611.223 matrículas. A diferença é de 649.986 (1,7%).
As principais quedas e aumentos percentuais na educação básica pública, de acordo com o Censo Escolar 2020, são:
• queda de 30,4% nas matrículas do ensino fundamental integral dos anos finais (6º ao 9º ano);
• queda de 21,21% em matrículas no ensino fundamental integral dos anos iniciais (1º ao 5º ano);
• aumento de 21,51% nas matrículas no ensino médio integral;
• queda de 10,15% nas matrículas da educação de jovens e adultos (EJA) do ensino fundamental.
Em 2019, pela quarta vez consecutiva, o Brasil não atingiu o mínimo proposto para este nível de ensino, segundo dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Uma das estratégias para combater o déficit de aprendizagem é expandir o ensino para o período integral, uma das metas do Plano Nacional de Educação (PNE). A ideia é ter 50% das escolas públicas oferecendo aulas em tempo integral até 2024, para atender 25% dos estudantes da educação básica. Na análise da Campanha Nacional pela Educação, esta meta “apresenta uma das situações mais graves em relação ao seu cumprimento”, devido à queda dos índices.
Os dados completos, incluindo escolas privadas, serão divulgados em janeiro de 2021.