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EXPORTAÇÕES BAIANAS CRESCEM 2,2% EM NOVEMBRO

Redação - 09/12/2020 14:50 - Atualizado 09/12/2020

Após três meses em queda, as exportações baianas se recuperaram em novembro ao atingirem US$ 748,7 milhões e incremento de 2,2% frente ao mesmo mês de 2019, de acordo com informações analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), da Secretaria de Planejamento (Seplan). Desde outubro, as exportações já apresentam números similares aos verificados em 2019, principalmente devido ao recorde da safra agrícola e à rápida recuperação da China. As importações, por sua vez, alcançaram US$ 491,3 milhões com recuo de apenas 3,2% em relação ao mesmo mês do ano passado, uma queda bem menor que as registradas em meses anteriores, graças ao aumento da demanda interna nos últimos meses, o que tem estimulado a busca por bens e insumos no exterior.

Considerando a comparação em relação a novembro de 2019, as exportações do setor agropecuário cresceram 40%, com destaque para o complexo soja com aumento de 53,7%, do algodão em 21,5% e das frutas em 37%. No caso da indústria extrativa, houve alta de 23,8%. Na indústria de transformação, o recuo foi de 26,2%, puxado pelos derivados de petróleo (-66,4%), petroquímicos (-2,5%) e metalurgia (-23,6%). Um destaque no setor é a retomada do crescimento das vendas do setor automotivo em 52,7% puxado pelo aumento de embarques para a Argentina, que registra o segundo mês consecutivo de alta nas compras, o que vem reduzindo a queda acumulada no ano.

No período de janeiro até novembro deste ano, as exportações baianas chegaram a US$ 7,1 bilhões, com queda de 7,2% na mesma base de comparação, mantendo trajetória negativa estável ao longo do ano, mesmo em um contexto de retração da atividade econômica global, mas com redução muito abaixo do que se previa no início da pandemia. Assim, os volumes embarcados estão positivos (índice de quantum cresceu 24,6% até novembro sobre o mesmo período do ano anterior) e o preço é que explica a queda nas vendas no ano, com um recuo em média de 25,5%.

Importações:

Embora tenha o recuo de 3,2% em novembro, o resultado das importações de US$ 491,3 bilhões é positivo, considerando o desempenho dos últimos meses. O aumento, mesmo que pequeno de 0,8% no índice de quantum das importações é destaque positivo e reflete alguma reação da atividade econômica, principalmente a industrial (as compras de bens intermediários que englobam insumos e matéria prima), que cresceu 19,4% frente ao mesmo mês do ano passado.

Após vários meses com quedas anuais que chegaram a ficar acima de 40%, a recuperação das importações é um importante sinal da retomada da demanda interna, em especial do consumo, o que é ilustrado pelo crescimento das vendas no varejo, além de itens ligados à indústria de transformação, e da vigorosa reação da demanda por bens de consumo duráveis que chegou ao mês a 146,3%. Em 2020, as importações devem registrar seu menor valor desde 2009. No entanto, devem paulatinamente ir reduzindo as perdas, no embalo da gradual retomada da atividade doméstica, como ocorreu em novembro, embora o real ainda desvalorizado e a menor demanda por combustíveis limitem a recuperação.

Já as exportações baianas devem fechar o ano de 2020 com receitas em torno dos US$ 7,6 bilhões, isto é, 7% inferior ao resultado de 2019. Quanto às importações, elas devem chegar a US$ 4,7 bilhões, o que representa uma queda de 30% frente ao ano passado. Logo, com esses resultados, o ano deve ser encerrado com um saldo positivo de US$ 2,9 bilhões na balança comercial estadual, um pouco mais que o dobro do obtido em 2019. O dado, contudo, será motivado tanto por um recuo nas exportações, quanto por uma queda ainda mais forte nas importações.

Foto: divulgação

 

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