O procurador-Geral da República, Augusto Aras, resolveu bloquear o que se identificou como desvio de finalidade, um depósito no valor de R$ 270 milhões da J&F exigidos pelo Ministério Público do Distrito Federal.
A exemplo do que aconteceu em Curitiba, o ramo brasiliense do Ministério Público Federal (MPF) planejava montar uma fundação para administrar o dinheiro recolhido com as empresas denunciadas, de acordo com reportagem do portal Conjur.
O depósito relacionado ao acordo de leniência da holding da JBS foi feito na última quinta-feira, 3. Com isso, Augusto Aras alertou a subprocuradora-geral da República Maria Iraneide Olinda Santoro Facchini, coordenadora da 5ª Câmara de Coordenação e Revisão, informando-a de que a destinação correta do dinheiro seria o Fundo de Direitos Difusos ou revertidos em favor da União.
Nele, Aras associa a manobra à que foi bloqueada por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. No caso, o ministro suspendeu acordo semelhante do consórcio da “lava jato” de Curitiba que previa a criação de uma fundação com R$ 2,5 bilhões da Petrobras.
A intenção dos procuradores do Distrito Federal é destinar parte dos recursos desse acordo, no valor total de R$ 10,3 bilhões, para um projeto de investimento na prevenção e no “controle social da corrupção”. Essa campanha educativa teria um custo de R$ 2,3 bilhões.
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil