O Produto Interno Bruto – da Bahia cresceu 4,7% no 3º trimestre de 2020, em comparação ao trimestre imediatamente anterior, resultado muito menor que o crescimento do PIB nacional que foi de 7,7%.
O resultado demonstra que a recuperação da economia baiana está se dando em patamar inferior à média nacional e a outros estados e isso está ocorrendo porque o setor serviços, que representa cerca de 70% do PIB, não se recuperou e recuou 10% relação ao segundo trimestre, quando já havia apresentado queda no segundo trimestre em relação ao primeiro. Dois semestres de queda no PIB significa recessão técnica.
Segundo o economista Armando Avena, os números mostram a recuperação do setor industrial e o crescimento permanente da agropecuária, mas indicam que o setor serviços, que representa mais de 70% da economia baiana, continua em forte desaceleração mesmo após a flexibilização das economia.
“Isso significa que o setor serviços na Bahia não saiu da recessão e a atividade está registrando queda, mesmo após a flexibilização das atividades, o que explica a alta taxa de desemprego no Estado, de quase 20%, a segunda maior do país, diz o economista.
Segundo Avena, no âmbito do setor serviços alguns segmentos estão apresentando uma débil recuperação bem inferior à verificada a nível nacionall, mas setores ligados à atividade turística e a informalidade continuam caindo. Avena alerta ainda que a possibilidade de nova onda de restrições à atividade econômica, resultado do aumento de casos de Covid 19, pode derrubar ainda mais o setor serviços.
“O setor serviços é o que mais sofre com a restrição das atividades e ele ainda não se recuperou na Bahia. A Bahia é uma economia com cerca de 50% das atividades trabalhando no mercado informal e é esse mercado que mais sofre com as restrições à atividade econômica” avalia o economista.
Os dados são da SEI – Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais. Veja mais dados aqui.
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