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ALIANÇA DE HUCK E MORO PARA 2022 BUSCA AMPLIAÇÃO

Redação - 10/11/2020 07:01

O projeto de formar uma aliança de centro-direita para a eleição de 2022, nascido de uma articulação do ex-ministro Sergio Moro e do apresentador Luciano Huck, foi torpedeado nesta segunda-feira (9) por líderes políticos de esquerda e direita. Apesar disso, seus defensores trabalham para que esta frente seja ampliada . Um dos objetivos no momento é atrair para ela o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta. A ideia de criar uma “terceira via” para a disputa da Presidência surgiu durante almoço de Huck e Moro em Curitiba no dia 30 de outubro, conforme revelou a Folha neste domingo (8).

Não ficou definido quem seria o cabeça de chapa numa eventual candidatura conjunta. O objetivo é buscar um caminho do meio entre a direita atrelada ao presidente Jair Bolsonaro, que deve buscar a reeleição, e candidaturas de esquerda como as do PT e de Ciro Gomes (PDT). Mal foi revelado, o projeto começou a sofrer críticas, sobretudo pela presença de Moro. O ex-juiz da Lava Jato enfrenta resistências em razão de sua participação no governo Bolsonaro, quando defendeu pontos polêmicos, como o excludente de ilicitude. Essa medida ofereceria maior proteção legal para policiais que atingissem pessoas em ações armadas.

Um dos primeiros a atacar a aliança foi o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). “Não posso apoiar uma chapa integrada por alguém de extrema direita”, disse ele à colunista Mônica Bergamo. “Moro já defendeu ideias e divide a parte do eleitorado de extrema direita com Bolsonaro. Por isso ele cai nas pesquisas quando disputa com o presidente”, completou o presidente da Câmara, que almoçou nesta segunda-feira (9) com Huck, no Rio de Janeiro, num encontro que estava previamente agendado.

“A gente está sempre conversando, discutindo muito mais os cenários de curto prazo, o que o governo deveria fazer, a agenda econômica, a agenda social, do que uma preocupação com o processo eleitoral”, disse Maia, para quem o resultado da agenda do governo Bolsonaro nos próximos seis meses é que vai ditar a regra das eleições de 2022. Por parte da esquerda, a possível aliança recebeu críticas de Ciro, durante visita a São Paulo para ajudar na campanha de Márcio França (PSB) à prefeitura. “No dia em que Doria, Huck e Moro forem de centro, eu sou de ultraesquerda, o que eu nunca fui”, afirmou Ciro.

Foto: divulgação

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