O primeiro prognóstico para a safra 2021 de cereais, leguminosas e oleaginosas (também conhecidos como grãos) prevê que, na Bahia, deverá haver uma uma redução de 1,1% nessa produção, frente a 2020. Ou seja, a safra de grãos deverá ficar em torno de 9,8 milhões de toneladas no próximo ano, frente às 9,9 milhões de toneladas previstas para 2020.
Dentre os principais produtos do estado, estão previstos, para 2021, aumentos na produção de soja (de 6,070 milhões para 6,402 milhões de toneladas, +5,5%) e do feijão 1ª safra (de 135,9 mil para 136,0 mil toneladas, +0,1%). Porém, o algodão herbáceo (de 1,475 milhão para 1,205 milhão, -18,3%) e o milho 1ª safra (de 1,800 milhão para 1,750 milhão, -2,8%) apresentam um primeiro prognóstico de redução na produção.
Caso se confirme, o aumento previsto para a soja baiana em 2021 deve levar a uma safra recorde do produto (6,402 milhões de toneladas), por conta do crescimento de 3,7% da área plantada (de 1,620 milhão para 1,680 milhão de hectares) e de 1,7% no rendimento médio (de 3.746 para 3.811 kg/hectare). O estado deve contribuir para o aumento previsto de 4,6% na produção brasileira de soja, que deve chegar a 127,1 milhões de toneladas em 2021, segundo este primeiro prognóstico, com aumento de 1,2% na área a ser plantada e de 3,3% no rendimento médio.
Já o prognóstico para a produção baiana de algodão herbáceo em 2021 (-18,5%) estima uma safra de 1,205 milhão de toneladas no estado, resultado da diminuição de 14,9% na área plantada (de 315 mil para 268 mil hectares). Mesmo assim, a Bahia deverá seguir como segundo maior produtor de algodão, representando 19,3% da produção nacional.
Para o Brasil como um todo, o primeiro prognóstico da safra 2021 de algodão estimou uma produção de 6,230 milhões de toneladas, 11,9% menor que a de 2020 (7,067 milhões de toneladas). O recuo é explicado pela menor demanda internacional por conta da pandemia da Covid-19 e pelo atraso nas chuvas em algumas regiões. Em nível nacional, o prognóstico da safra 2021 de grãos prevê uma produção recorde de 253,2 milhões de toneladas, 0,5% maior que a de 2020, estimada em 252 milhões.
Ainda assim, dos cinco produtos de maior importância, em termos nacionais, quatro devem ter quedas: algodão herbáceo (-11,9%), arroz (-2,4%) feijão 1ª safra (-3,9%) e milho 1ª safra (-3,5%). A variação positiva, por enquanto, aparece apenas com a soja (4,6%).
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