O governador Rui Costa comentou hoje (09) uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que indicou sobrepreço de R$ 241,4 milhões no orçamento da ponte Salvador-Itaparica. O governador disse que falar em sobrepreço nessa obra é uma “piada de mau gosto” e garantiu que a assinatura do contrato marcada para quinta-feira (12) não tem hipótese de ser adiada.
“Esses R$ 200 milhões representam 3% de uma obra de R$ 6 bilhões”, disse ele. “Uma ponte que envolve riscos gigantescos. Uma coisa é fazer sondagem em mar profundo, o trecho, mas nada lhe dá garantia que você vai encontrar fundação que você previu”, continuou. “Falar de sobrepreço, só posso achar graça e dizer que isso é uma piada. Isso é piada de mau gosto”, declarou Rui, durante assinatura que autorizou início das obras da nova rodoviária de Salvador.
Rui citou ainda o baixo número de concorrentes pela concessão para dizer que é realmente uma obra complexa. “Se você é um investidor e vê um negócio que tem gordura, todo mundo quer. Se o negócio tem pouca carne e nenhuma gordura, você não vai. Toda licitação, se foi amplamente divulgada, foi para a Bolsa de Valores, se tem poucos concorrentes, é porque o negócio é duro e, por isso, a maioria não entra”. Somente um consórcio participou do leilão, formado pelas empresas China Railway 20 Bureau Group Corporation (CR20); CCCC South America Regional Company e China Communications Construction Company Limited (CCCC Ltd).
“Infelizmente existem pessoas que torcem para o desenvolvimento da Bahia, mas tem outros que tentam atrapalhar o tempo todo. É um projeto grandioso e de repercussão internacional. As pessoas precisam ter noção do que vai ser feito na Bahia. Isso é um projeto de padrão internacional. Treze quilômetros. É uma obra que vai entrar no portfólio internacional. Leva o nome da Bahia para os grandes investidores do mundo. Assim que começar a obra será o maior investimento em execução do Brasil”, ressaltou Rui Costa.
Em dezembro do ano passado, os auditores pediram ao TCE uma medida cautelar para suspender a licitação da obra. No entanto, a questão nunca foi decidida pelo conselheiro relator do caso, João Bonfim, e nem levada ao plenário do órgão, contrariando prazos estabelecidos em resolução da própria Corte.
Foto: Paula Fróes/GOVBA