A Bahia foi o 2º estado do país que mais recebeu recursos do auxilio emergencial no Brasil, sendo superada apenas pelo estado de São Paulo. Mas, diferente de São Paulo o montante destinado à Bahia superou a perda da massa de rendimentos causada pela pandemia em 22 estados do país no primeiro semestre de 2020. Foram injetados na economia baiana R$ 10 bilhões com o auxilio emergencial.
Segundo estudo publicado na Folha de São Paulo, para o Brasil, em valores agregados, a perda acumulada na massa de rendimentos (soma dos salários de todos os trabalhos das pessoas em determinado período, segundo levantamento do IBGE) no primeiro semestre de 2020 em comparação com igual período de 2019 foi mais que coberta pelo auxilio emergência. A perda foi de R$ 66,8 bilhões e o auxílio emergencial foi de R$ 108,3 bilhões apenas no segundo trimestre de 2020.
Em 22 estados, o valor liberado do benefício foi maior do que a perda de renda. São eles Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Bahia, Goiás, Rio de Janeiro, Piauí, Paraíba, Alagoas, Maranhão, Ceará, Mato Grosso, Sergipe, Tocantins, Acre, Santa Catarina, Roraima, Rondônia, Amapá, Amazonas, Rio Grande do Norte e Pará.
O estudo afirma que estados do Norte e Nordeste tiveram um boom no varejo, catapultados pelo auxílio governamental, apesar de serem mais afetados em termos de mercado de trabalho, especialmente por terem empregos concentrados no setor informal, e são regiões que possuem uma população mais vulnerável em termos de atividade econômica. A situação econômica deve se complicar em vários locais após o fim do auxílio. O estudo foi feito pelos economistas Ecio Costa, da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), e Marcelo Freire, da Universidade Federal Rural de Pernambuco.