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TRUMP E BIDEN REALIZAM DEBATE MENOS AGRESSIVO

Redação - 23/10/2020 08:55 - Atualizado 23/10/2020

Donald Trump e Joe Biden se enfrentaram na noite da quinta-feira (22) no segundo e último debate antes da eleição, num duelo menos agressivo e mais controlado do que o primeiro encontro, no fim de setembro, mas que não deixou de ser marcado por ataques pessoais e críticas duras entre os dois candidatos.

Após um primeiro debate caótico, lembrado pela agressividade e interrupções contínuas, houve mudanças nas regras para esta quinta, incluindo a possibilidade de o microfone dos candidatos ser desligado durante a resposta inicial de dois minutos do adversário em cada um dos temas.

A moderadora Kristen Welker conseguiu controlar o debate ao mesmo tempo em que fez perguntas duras. Como mulher negra, levantou a discussão sobre racismo nos EUA, elencando diversas vezes em que Trump criticou o movimento Black Lives Matter ou se envolveu com supremacistas brancos.

O presidente se defendeu: “Sou a pessoa menos racista neste recinto”.

Além da questão racial, a pandemia do coronavírus e acusações mútuas sobre possíveis ligações obscuras dos dois políticos com negócios no exterior foram a principal tônica do debate.

Em um dos ataques mais agudos sobre a condução errática e ineficaz do presidente diante da pandemia que já matou mais de 222 mil pessoas nos EUA, Biden afirmou que o povo americano não está aprendendo a lidar com o vírus, como diz o republicano, mas a morrer com ele, e pediu a responsabilização do presidente.

Os temas do embate desta quinta eram: luta contra a pandemia, famílias americanas, questão racial nos EUA, mudanças climáticas, segurança nacional e liderança. Essa foi a segunda vez na história que uma mulher negra mediou um debate entre os candidatos —a primeira foi em 1992. Antes do evento, transmitido ao vivo pela TV americana, Trump atacou a moderadora, acusando-a de ser parcial.

A campanha de Trump criticou a escolha dos assuntos, feita pela jornalista, argumentando achar que o debate seria sobre política externa. O presidente se esforça para desviar a pauta de terrenos nos quais ele tem sido mal avaliado, como a pandemia, e sempre que pode vira os holofotes para sua postura anti-China, que tem ressonância entre boa parte dos americanos.

Assim como no primeiro debate, o encontro desta quinta teve plateia reduzida, de 80 a 90 pessoas, todas precisavam usar máscaras e fazer teste para o diagnóstico de Covid-19 previamente. As duas campanhas, porém, concordaram em eliminar a separação de vidro que haveria entre os candidatos após ambos terem teste negativo para Covid-19.

No duelo de setembro, familiares de Trump retiraram a proteção facial ao chegarem ao estúdio, o que gerou críticas inclusive por parte do moderador, o jornalista Chris Wallace. Desta vez, a regra passou a ser: se não usasse máscara, seria retirado do local.

Havia ainda um debate marcado para o dia 15 de setembro, que teria sido o segundo encontro entre os candidatos, mas o evento foi desmarcado depois que Trump disse que não participaria virtualmente, como havia proposto a comissão —o presidente ainda estava no prazo de quarentena após ter sido infectado pelo coronavírus. (Com informações da Folhapress)

Reprodução/CNN

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