O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, informou hoje (13) que excluiu o nome da ex-ministra Marina Silva e ex-candidata à Presidência da República da lista de personalidades negras da instituição. “Marina Silva foi excluída da lista de personalidades negras da Fundação Cultural Palmares. Marina não tem contribuição relevante para a população negra do Brasil. Disputar eleições não é mérito. O ambientalismo dela vem sendo questionado e não é o foco das ações da instituição”, publicou Camargo no Twitter.
“Segundo críticos, enquanto o povo da Amazônia definhava, Marina Silva recebia prêmios de sustentabilidade na Europa. A permanência dela na galeria de personalidades negras da Fundação Palmares era insustentável e injustificável”, escreveu. Ainda segundo ele, Marina se declara negra “por conveniência política”. O presidente da Fundação Palmares citou também outros nomes que, segundo ele, “são pretos por conveniência”.
“Não é um caso isolado. Jean Willys, Talíria Petrone, David Miranda (branco) e Preta Gil também são pretos por conveniência. Posar de “vítima” e de “oprimido” rende dividendos eleitorais e, em alguns casos, financeiros”. No final de setembro, Camargo também retirou o nome da candidata à prefeitura do Rio, a deputada federal Benedita da Silva (PT) da lista da fundação, justificando que a petista responde a um processo por improbidade administrativa e que seus bens foram bloqueados. A assessoria de campanha afirmou que iria recorrer à Justiça pelo suposto crime de racismo, segundo informações do Globo.
Foto: Juca Varella/Folhapress