A Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC) revisou de 5,7% para 4,2% a previsão de retração no volume das vendas no varejo ampliado, em 2020. No varejo restrito – que exclui os ramos automotivo e de materiais de construção –, a projeção é de alta de 2,1%. As estimativas têm como base os novos dados positivos da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) de agosto, divulgada nesta quinta-feira (08/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, aponta a menor adesão espontânea ao isolamento social – que levou a uma maior circulação de consumidores no comércio –, a intensificação de ações de vendas via e-commerce e os programas adotados pelo governo como os principais fatores que explicam o comportamento positivo das vendas pelo quarto mês consecutivo. “O auxílio emergencial, principalmente, tem ajudado na recomposição dos rendimentos dos brasileiros, viabilizando a recuperação da capacidade de consumo da população, ainda influenciada pelo grave quadro do mercado de trabalho no País”, destaca Tadros, alertando que a tendência é que, no decorrer de 2020, as taxas mensais de crescimento sejam menores do que as registradas recentemente.
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