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SÃO DESIDÉRIO, NA BAHIA, DEIXA DE SER O MUNICÍPIO COM MAIOR VALOR DE PRODUÇÃO AGRÍCOLA DO PAÍS

Redação - 01/10/2020 10:34 - Atualizado 01/10/2020

A menor produção e o menor valor gerado pela soja afetaram o desempenho das cidades agrícolas do Oeste da Bahia. Entre 2018 e 2019, Formosa do Rio Preto e São Desidério foram os municípios brasileiros com as maiores quedas absolutas no valor da produção, conforme a Produção Agrícola Municipal (PAM) divulgada hoje (1º) pelo IBGE. Nesse período, o valor da agricultura de Formosa do Rio Preto caiu 20,8%, de R$ 2,7 bilhões para R$ 2,1 bilhões (menos R$ 551,4 milhões), e o de São Desidério recuou 12,4%, de R$ 3,6 bilhões para R$ 3,2 bilhões (menos R$ 449,9 milhões).

São Desidério deixou de ser o município brasileiro com maior valor de produção da agricultura, posição que havia ocupado em 2018. Caiu para o terceiro lugar, superado por Sorriso/MT (R$ 3,946 bilhões) e Sapezal/MT (R$ 3,381 bilhões). A produção de soja em São Desidério se reduziu em 19,0%, totalizando 1,3 milhão de toneladas em 2019, com um valor da produção de R$ 1,4 bilhão, 20,9% menor que o de 2018. O município deixou de ser o terceiro maior produtor da oleaginosa no país, caindo para a sexta posição.

O milho também teve uma produção significativamente menor no município, em 2019, chegando a 338,5 mil toneladas (-39,3% que em 2018), com um valor de R$ 170,2 milhões, 39,6% abaixo do gerado em 2018. O resultado de 2019 só não foi pior para São Desidério por causa do aumento na produção e no valor do algodão herbáceo. A cotonicultura destacou-se no município, substituindo a soja como maior valor da produção: R$ 1,5 bilhão, com crescimento de 2,7% em relação a 2018.

Foram produzidas 592,7 mil toneladas, consolidando a posição de São Desidério como segundo maior produtor de algodão herbáceo do país, tanto em quantidade quanto em valor, abaixo apenas de Sapezal. Formosa do Rio Preto caiu de 5º para 11º município brasileiro com maior valor total da produção agrícola, entre 2018 e 2019, também em razão dos recuos no volume colhido e no valor das safras de soja e milho.

Em 2019, foram produzidas 1,311 milhão de toneladas de soja no município, 20,6% a menos que em 2018, a um valor de R$ 1,443 bilhão, 21,7% menor que no ano anterior. Com isso, ele perdeu uma posição no ranking nacional de produtores de soja, passando do segundo para o terceiro lugar. Já a produção de milho caiu 36,8%, chegando a 174,1 mil toneladas, e teve valor 36,2% menor que em 2018 (R$ 87,9 milhões).

 

Foto: Paulo Whitaker/Reuters

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